A menina, identificada como Lavínia Freitas de Oliveira e Souza, de 10 anos, baleada na cabeça por um policial penal em Porto Firme, na Zona da Mata, está internada em estado gravíssimo. Segundo o pai da criança, Marcelo de Oliveira e Souza, ela segue entubada e sendo monitorada por aparelhos no Hospital Arnaldo Gavazza Filho, em Ponte Nova.
Ela está em estado gravíssimo, entubada, recebendo medicação e com alto risco de vida. A família pede orações para que ela consiga se recuperar, disse o pai nesta quarta-feira (18).
O crime aconteceu no último domingo (15). Lavínia voltava da casa dos avós com o pai e estava no banco do passageiro do carro da família quando o veículo foi alvo de disparos. Os tiros foram efetuados por Márcio da Silveira Coelho, de 34 anos, policial penal. À Polícia Militar, ele alegou que sofreu uma “fechada” no trânsito e se sentiu ameaçado.
Preso em flagrante no dia do crime, Márcio teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na terça-feira (17). O juiz destacou a “extrema gravidade” do caso. A arma do crime foi apreendida.
Câmera registrou o crime
Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento em que o policial penal aponta a pistola em direção ao carro da família. No vídeo, é possível ver o braço do suspeito para fora da janela, já com a arma em punho e mirando o outro veículo.
Relato do pai
Segundo o boletim de ocorrência, o pai da menina contou que seguia por uma estrada entre Diogo de Vasconcelos e Porto Firme quando foi ultrapassado por um carro em alta velocidade. O outro motorista então parou o veículo e desceu. Temendo um assalto, ele acelerou para fugir e, nesse momento, ouviu os tiros, um deles atingiu Lavínia na cabeça.
A menina foi socorrida inicialmente em Viçosa e, em razão da gravidade, transferida para Ponte Nova. O pai garantiu que não tem inimizades ou dívidas e que a família estava apenas voltando de uma visita aos avós da criança.
Versão do policial penal
Localizado pela PM, Márcio da Silveira Coelho afirmou que foi fechado no trânsito e, ao se sentir ameaçado, efetuou os disparos. Ele disse que não sabia se alguém havia sido atingido. A arma usada estava guardada em sua casa, dentro do guarda-roupa.
O suspeito foi preso e levado inicialmente para o Presídio de Viçosa. Posteriormente, foi transferido para a Casa de Custódia do Policial Penal e do Agente Socioeducativo, em Matozinhos, na Região Metropolitana de BH.
Investigações
A Corregedoria da Polícia Penal abriu procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor, que atua na unidade prisional de Ponte Nova. Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) reforçou que não compactua com desvios de conduta e que apurações são conduzidas com rigor.
A Polícia Civil também investiga o caso e já realizou perícia no local do crime. A apuração segue em andamento, e os suspeitos, o policial penal e uma mulher, ambos de 44 anos, já têm dois boletins de ocorrência registrados contra eles, nos dias 14 de maio e 12 de junho. Até o momento, ninguém foi solto.
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