Ao menos 17 pessoas já foram internadas em hospitais de Minas Gerais com sintomas da síndrome neufroneural, que a Polícia Civil atribui ao consumo da cerveja pilsen Belorizontina, da Backer.
A informação foi confirmada na noite desta segunda-feira (13), pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais. Segundo a pasta, contudo, 13 dos 17 casos suspeitos de intoxicação por uma substância utilizada em sistemas de refrigeração devido a suas propriedades anticongelantes, o dietilenoglicol, ainda continuam sob investigação.
A suspeita foi confirmada em quatro casos. Um deles, inclusive, resultou na morte do paciente, na noite do último dia 7, em Juiz de Fora (MG). De acordo com a secretaria estadual, os 17 casos suspeitos envolvem 16 homens e uma mulher. Em um dos casos, cujo paciente está internado em estado grave, inconsciente, a Polícia Civil ainda não tem certeza se houve consumo da cerveja sob suspeita.
Todos os pacientes chegaram a hospitais de Belo Horizonte e de Juiz de Fora com sintomas semelhantes: insuficiência renal aguda de evolução rápida (ou seja, que levou a pessoa a ser internada em até 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas) e alterações neurológicas centrais e periféricas, que podem ter provocado paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, alteração sensório, paralisia, entre outros sintomas.
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Exames
Ontem (13), o superintendente de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, Thales Bittencourt, explicou que, desde 6 de janeiro, amostras de sangue das pessoas internadas com a suspeita de síndrome nefroneural vêm sendo coletadas, bem como, quando possível, amostras de produtos consumidos por estas pessoas encontrados em suas residências ou entregues por parentes, incluindo vasilhames fechados de cervejas da Backer, que foram submetidos a exames periciais.
Exames acusaram a presença da substância dietilenoglicol no sangue de ao menos três pacientes internados. A mesma substância, além do monoetilenoglicol, também foi encontrada nos equipamentos de resfriamento usados na linha de produção da cervejaria Backer. A cervejaria, desde que as suspeitas de contaminação das cervejas Belorizontina vieram a público, afirma que não utiliza dietilenoglicol em sua fábrica.
Ontem (13), a Polícia Civil informou que identificou um terceiro lote da Belorizontina contaminado pela mesma substância tóxica já encontrada nos lotes L1 1348 e L2 1348. Trata-se do lote L2 1354, no qual peritos também identificaram vestígios de monoetilenoglicol.
Segundo o delegado Flávio Grossi, responsável pelo inquérito policial, embora trate-se da mesma Belorizontina, o terceiro lote contaminado foi distribuído para o Espírito Santo, onde a cerveja é comercializada com o rótulo Capixaba. A própria Backer já havia revelado que, além de Minas Gerais e Espírito Santo, parte de sua produção de Belorizontina (ou Capixaba), também foi vendida para estabelecimentos do Distrito Federal e de São Paulo.
Mapa
Diante das suspeitas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou que a Cervejaria Backer retire de circulação todas as suas cervejas e chopes produzidos desde outubro do ano passado até hoje (13). A suspensão da venda se manterá até que fique assegurado que os outros produtos da Backer não estão contaminados. “A medida é para preservar a saúde dos consumidores”, informou o ministério.
Em nota, a Backer promete prestar a ajuda necessária aos pacientes e suas famílias. “A empresa prestará o suporte necessário, mesmo antes de qualquer conclusão sobre o episódio. Desde já, se coloca à disposição para o que eles precisarem”, informa a cervejaria, garantindo colaborar, “sem restrições”, com as investigações. E tomando as medidas necessárias à apuração do que aconteceu. “Na semana passada, solicitamos uma perícia independente e aguardamos pelos resultados.”
A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese, nem mesmo a suspeita de que um ex-funcionário demitido pela Backer possa ter agido por vingança. “Não posso afirmar se foi uma sabotagem ou um erro. Ainda não é o momento da investigação para isso”, disse o delegado Flávio Grossi. “Hoje, o que afirmamos é que os elementos tóxicos encontrados nas garrafas [de cerveja], no sangue das vítimas e dentro das empresas [provém] de produtos em comum. Crime acreditamos que houve. Por isto instauramos um inquérito policial”, disse o delegado.
Ao menos 17 pessoas já foram internadas em hospitais de Minas Gerais com sintomas da síndrome neufroneural, que a Polícia Civil atribui ao consumo da cerveja pilsen Belorizontina, da Backer.
A informação foi confirmada na noite desta segunda-feira (13), pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais. Segundo a pasta, contudo, 13 dos 17 casos suspeitos de intoxicação por uma substância utilizada em sistemas de refrigeração devido a suas propriedades anticongelantes, o dietilenoglicol, ainda continuam sob investigação.
A suspeita foi confirmada em quatro casos. Um deles, inclusive, resultou na morte do paciente, na noite do último dia 7, em Juiz de Fora (MG). De acordo com a secretaria estadual, os 17 casos suspeitos envolvem 16 homens e uma mulher. Em um dos casos, cujo paciente está internado em estado grave, inconsciente, a Polícia Civil ainda não tem certeza se houve consumo da cerveja sob suspeita.
Todos os pacientes chegaram a hospitais de Belo Horizonte e de Juiz de Fora com sintomas semelhantes: insuficiência renal aguda de evolução rápida (ou seja, que levou a pessoa a ser internada em até 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas) e alterações neurológicas centrais e periféricas, que podem ter provocado paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, alteração sensório, paralisia, entre outros sintomas.
Exames
Ontem (13), o superintendente de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, Thales Bittencourt, explicou que, desde 6 de janeiro, amostras de sangue das pessoas internadas com a suspeita de síndrome nefroneural vêm sendo coletadas, bem como, quando possível, amostras de produtos consumidos por estas pessoas encontrados em suas residências ou entregues por parentes, incluindo vasilhames fechados de cervejas da Backer, que foram submetidos a exames periciais.
Exames acusaram a presença da substância dietilenoglicol no sangue de ao menos três pacientes internados. A mesma substância, além do monoetilenoglicol, também foi encontrada nos equipamentos de resfriamento usados na linha de produção da cervejaria Backer. A cervejaria, desde que as suspeitas de contaminação das cervejas Belorizontina vieram a público, afirma que não utiliza dietilenoglicol em sua fábrica.
Ontem (13), a Polícia Civil informou que identificou um terceiro lote da Belorizontina contaminado pela mesma substância tóxica já encontrada nos lotes L1 1348 e L2 1348. Trata-se do lote L2 1354, no qual peritos também identificaram vestígios de monoetilenoglicol.
Segundo o delegado Flávio Grossi, responsável pelo inquérito policial, embora trate-se da mesma Belorizontina, o terceiro lote contaminado foi distribuído para o Espírito Santo, onde a cerveja é comercializada com o rótulo Capixaba. A própria Backer já havia revelado que, além de Minas Gerais e Espírito Santo, parte de sua produção de Belorizontina (ou Capixaba), também foi vendida para estabelecimentos do Distrito Federal e de São Paulo.
Mapa
Diante das suspeitas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou que a Cervejaria Backer retire de circulação todas as suas cervejas e chopes produzidos desde outubro do ano passado até hoje (13). A suspensão da venda se manterá até que fique assegurado que os outros produtos da Backer não estão contaminados. “A medida é para preservar a saúde dos consumidores”, informou o ministério.
Em nota, a Backer promete prestar a ajuda necessária aos pacientes e suas famílias. “A empresa prestará o suporte necessário, mesmo antes de qualquer conclusão sobre o episódio. Desde já, se coloca à disposição para o que eles precisarem”, informa a cervejaria, garantindo colaborar, “sem restrições”, com as investigações. E tomando as medidas necessárias à apuração do que aconteceu. “Na semana passada, solicitamos uma perícia independente e aguardamos pelos resultados.”
A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese, nem mesmo a suspeita de que um ex-funcionário demitido pela Backer possa ter agido por vingança. “Não posso afirmar se foi uma sabotagem ou um erro. Ainda não é o momento da investigação para isso”, disse o delegado Flávio Grossi. “Hoje, o que afirmamos é que os elementos tóxicos encontrados nas garrafas [de cerveja], no sangue das vítimas e dentro das empresas [provém] de produtos em comum. Crime acreditamos que houve. Por isto instauramos um inquérito policial”, disse o delegado.
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