Os professores da rede municipal de Belo Horizonte realizam uma paralisação total nesta quinta-feira (5), como forma de protesto contra a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura da capital. A mobilização foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede/BH) edurante assembleia aprovaram uma greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira (6)
A paralisação ocorre no contexto da Campanha Salarial 2025, iniciada em janeiro. No entanto, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) só apresentou uma proposta oficial em 30 de maio. O reajuste proposto é de 2,49%, percentual considerado inferior à inflação acumulada nos últimos 12 meses e o menor entre os municípios da Região Metropolitana.
Além disso, o plano prevê um reajuste de 2,49% no vale-refeição, com pagamento retroativo a maio; aumento do valor do benefício para R$ 60 no mês seguinte à aprovação da lei; e a possibilidade de avanço de um nível na carreira por escolaridade, conforme critérios da PBH.
Segundo o Sind-Rede/BH, a proposta está abaixo do reajuste do Piso Nacional do Magistério (6,27%) e também dos índices oferecidos por cidades vizinhas, como Santa Luzia (8%), Ribeirão das Neves e Vespasiano (6,27%) e Betim (6,5%). Já na rede estadual, o reajuste foi de 5,26%.
O sindicato critica a proposta, afirmando que ela desvaloriza os profissionais da educação, mesmo diante do aumento da arrecadação municipal e dos repasses do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Segundo a entidade, os recursos da educação vêm sendo utilizados de forma desconectada das reais necessidades das escolas, enquanto os trabalhadores enfrentam sobrecarga, adoecimento e salários defasados.
A proposta da prefeitura foi avaliada pelos trabalhadores em assembleia realizada na última segunda-feira (2). Na ocasião, os profissionais aprovaram o indicativo de greve, com início marcado para esta sexta (6), mas a decisão ainda pode ser ratificada ou revertida, dependendo do andamento das negociações com o Executivo municipal.
Além da questão salarial, a Campanha 2025 inclui outras pautas, como:
- recomposição do quadro de professores (especialmente na educação infantil, onde turmas de diferentes faixas etárias estão sendo agrupadas);
- aumento do tempo de planejamento pedagógico;
- recomposição da defasagem salarial dos aposentados;
- e melhorias na infraestrutura das escolas.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que a metodologia para definição do índice de reajuste levou em conta a inflação acumulada entre janeiro e abril de 2025, e que os reajustes concedidos em 2024 já consideraram a inflação daquele ano.
O Executivo também declarou que, após apresentar a proposta aos sindicatos, aguarda o retorno formal das entidades com a aceitação ou não da oferta, para então encaminhar o projeto de lei à Câmara Municipal.
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