Um homem, de 23 anos, ex-policial, foi indiciado nesta quarta-feira (12) por sequestro qualificado, lesão corporal e ameaça, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O caso ocorreu em novembro de 2024, quando sua ex-namorada, de 21 anos, pulou de um carro em movimento na BR-381 para escapar dele.
A Polícia Civil concluiu o inquérito e revelou detalhes sobre o relacionamento conturbado do casal. Segundo a corrporação, caso seja condenado, a pena do suspeito pode chegar a 14 anos de prisão.
De acordo com a delegada Joana Miraglia, da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Sabará, a jovem havia terminado o relacionamento em 2023 e solicitado uma medida protetiva contra o ex, mas decidiu suspendê-la ao reatar o namoro em setembro de 2024. No entanto, ao tentar romper novamente em novembro, a vítima foi surpreendida com ameaças. O suspeito teria afirmado que “se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém”.
O sequestro ocorreu no dia seguinte à tentativa de término. O homem pediu para encontrar a vítima sob o pretexto de buscar um presente no bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte. No caminho, ele trancou as portas e janelas do carro e desviou a rota para a BR-381. Ao reduzir a velocidade próximo a uma blitz da Polícia Rodovi ária Federal, a jovem, que estava desconfiada para onde ele a levaria,se jogou do carro em movimento e pediu socorro. A cena foi flagrada por uma equipe de reportagem que estava no local.
Durante a abordagem, a PRF encontrou no carro do suspeito um frasco de éter, um pano molhado com a substância, preservativos e remédios para disfunção erétil. Em depoimento, ele alegou que pretendia tirar a própria vida caso o relacionamento chegasse ao fim. O homem foi preso na ocasião, mas atualmente responde em liberdade. Caso seja condenado, a pena pode chegar a 14 anos de prisão.
Histórico do casal
A investigação revelou que o casal tinha um histórico de violência doméstica. A vítima relatou episódios anteriores de agressão e ameaças, o que motivou o pedido de medida protetiva em 2023. Segundo a delegada Joana Miraglia, o caso reforça a importância de se manter medidas protetivas em casos de violência doméstica. “A experiência mostra que, ao suspender a medida, a mulher pode voltar a ser vítima de agressões”, destacou.
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito e encaminhou o caso ao Ministério Público. A vítima segue sob medida protetiva, enquanto a Justiça analisa as provas para decidir se o suspeito será levado a julgamento.
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