O balanço aponta ainda que, em 11 anos de funcionamento, foram apreendidas nas operações policiais desencadeadas devido às denúncias mais de 9,7 mil balanças de precisão e cerca de 236,6 mil unidades de munição. Graças às ligações anônimas, as polícias também apreenderam R$ 27,4 milhões em espécie, oriundos do tráfico de drogas e de jogos de azar. No que se refere à pirataria, 1,16 milhão de CDs e DVDs piratas foram recolhidos.
O 181 é um serviço gratuito, por meio do qual os cidadãos passam informações sobre crimes e sinistros de forma anônima e sigilosa. O canal de comunicação está disponível em todos os municípios mineiros e contribui de forma significativa para o trabalho das forças de segurança pública do Estado.
Para a coordenadora do DDU, Flávia Gomes, os resultados dos últimos 11 anos refletem a confiança da população mineira no serviço, que é operacionalizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). “Um dos motivos que leva o cidadão a contribuir com o Disque Denúncia Unificado é a certeza de que sua identidade é preservada. As pessoas estão percebendo que, quando denunciam, as ações policiais dão mais resultados, e com isso acabam querendo ajudar cada vez mais”, avalia Flávia, ressaltando a importância da participação dos cidadãos para a efetividade do trabalho policial.
O crescimento da participação popular pode ser percebido na comparação ano a ano dos dados: há um aumento do número de chamadas e, consequentemente, nas denúncias geradas. Em 2008, primeiro ano efetivo de funcionamento do DDU, foram registradas 46.103 denúncias. Somente de janeiro a outubro de 2018, foram 64.467. Para 2019, a expectativa é de aumento ainda maior das denúncias, a partir do incremento nas campanhas de divulgação do serviço.
Ranking de denúncias
O tráfico de drogas é a maior ocorrência denunciada pela população. Em 11 anos, foram cerca de 503 mil denúncias desse tipo de crime, o equivalente a 61% da motivação de todas as chamadas direcionadas ao 181 no período. Em segundo lugar estão denúncias ligadas a atividades do Corpo de Bombeiros (demandas de vistorias e fiscalização, em sua grande maioria), seguida por jogos de azar e, depois, os crimes ambientais. Também entram no ranking denúncias sobre armas de fogo e munições, homicídios, maus tratos a animais, pessoas foragidas e procuradas pela Justiça, comércio ilegal, receptação e desmanche de carros, pirataria, entre outros.
Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora, Uberlândia, Betim e Ribeirão das Neves são, respectivamente, os seis municípios que mais originaram chamadas ao longo dos 11 anos de atuação do DDU. Os municípios, juntos, representam 48% do total de denúncias registradas pelo serviço. No interior, cidades como Governador Valadares, Divinópolis e Montes Claros também registraram milhares de denúncias.
Balanço de 2018
De janeiro a outubro do último ano, a população mineira realizou 420.706 ligações ao DDU, que resultaram em 64.467 denúncias. Nestes dez meses, foram mais de 24,5 mil pessoas conduzidas, presas, apreendidas e ou recapturadas por meio de informações recebidas via denúncias. Além disso, foram apreendidas 2.564 armas de fogo, 25,9 mil munições e 3.580 animais silvestres.
Com relação à apreensão de drogas, o 181 possibilitou o recolhimento de 478,7 quilos de cocaína, maconha e crack entre janeiro e outubro de 2018, frente a 418,2 quilos no mesmo período do ano anterior. Também foram apreendidas 1.618 balanças de precisão, instrumento importante do tráfico de entorpecentes.
Entre os destaques mais recentes do serviço está a captura de um foragido que estava com mandado de prisão em aberto, além de um indivíduo envolvido em homicídio, pela Polícia Civil. A operação que resultou nas prisões foi realizada em novembro, após uma denúncia anônima recebida pelo 181.
Sigilo Absoluto
Com o slogan “O importante é o que você diz, não quem você é”, o DDU busca aprimorar constantemente o serviço para garantir ao cidadão que as informações repassadas aos atendentes sejam trabalhadas de forma eficiente e qualificada. As ligações são criptografadas, garantindo o sigilo do denunciante.
Para denunciar, basta ligar, gratuitamente, para o número 181, que funciona com uma central de atendimento unificada, formada por profissionais treinados e capacitados que trabalham em regime 24 horas para atender a população.
Quando o telefone chama na central, o tempo médio de espera do denunciante é de vinte segundos. Ao ser atendido, quem faz a denúncia recebe uma senha para acompanhar o andamento das investigações. As informações repassadas a um dos atendentes são registradas e encaminhadas para analistas das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros. Esses servidores analisam, classificam e incorporam à denúncia outras informações, quando já existentes em bancos de dados dessas instituições, que também auxiliam na solução de cada caso.
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