Suspeito de matar e atear fogo nos corpos de mulher e filhos é preso em Contagem

Menos de uma semana após o homicídio de três pessoas da mesma família, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, na tarde desta quinta-feira (26), Zaquel Hélio Antoniassi, de 33 anos. Ele é suspeito de matar a companheira Maria Claudiana Pereira, de 38, e os filhos dela, Marcos Vinicius Pereira Silva, de 15, e Vitoria Gabriela Pereira Coutinho, de 6. As vítima foram mortas na noite do último sábado (21), no bairro Pindorama, região Noroeste da capital.

Durante abordagem da equipe de investigadores, no bairro Jardim dos Bandeirantes, em Contagem, o suspeito se apresentou com outro nome, mas foi imediatamente reconhecido. Com ele, ainda foi encontrada a faca usada para cometer o crime.

À Polícia o suspeito confessou o triplo homicídio e disse que o fez após desavenças com Marcos Vinicius. Zaquel alega que, no dia do crime, os dois discutiram e, durante a briga, o enteado o teria empurrado. O suspeito foi então até a cozinha, pegou uma faca e desferiu vários golpes contra o adolescente. Ainda segundo o investigado, a companheira tentou intervir e também foi esfaqueada, assim como a enteada, que gritava por socorro.

Após o crime, Zaquel empilhou os corpos sobre um colchão, tomou banho, e retornou em seguida, momento em que ateou fogo nas vítimas. Levantamentos indicam que o suspeito tinha um histórico de agressão contra Maria Claudiana. Indignados com a violência de Zaquel, vizinhos teriam, inclusive, agredido o investigado, após uma briga com a companheira.

O Chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegado-Geral Rogério de Melo Franco, descreveu o suspeito como “uma pessoa fria, cruel, que não demonstra nenhum arrependimento”.

Contra Zaquel já constava mandado de prisão por um homicídio cometido em 2015, em São Paulo, ocasião em que matou a companheira. Em razão do crime ocorrido na capital mineira, Zaquel irá responder por triplo homicídio qualificado por motivo torpe, por uso de fogo, recurso que tornou impossível a defesa da vítima e feminicídio.