Sete mandados judiciais de busca e apreensão e cinco mandados judiciais de condução coercitiva foram cumpridos hoje (15) durante a Operação Tirannos II, que visa apurar indícios de irregularidades na execução do Programa Nacional de Habitação Rural em Minas Gerais. As suspeitas são de que os executores do programa no município de Lajinha (MG) tenham formado uma organização criminosa em busca de vantagens.
A operação contou com 38 policiais federais e oito auditores da Controladoria-Geral da União (CGU). As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela CGU.
Desdobramento
O Programa Nacional de Habitação Rural oferece subsídio financeiro para a construção de moradia a agricultores familiares e trabalhadores rurais, num desdobramento do Minha Casa Minha Vida, programa habitacional criado pelo governo federal em 2009 para atender famílias de baixa renda.
Os investigados são suspeitos de escolher beneficiários do Programa Nacional de Habitação Rural e cobrar taxas ilegais. Eles teriam ainda comprado materiais de construção de qualidade inferior ao previsto e por preços acima do mercado, beneficiando empresas ligadas à organização criminosa. Mecanismos de controle do programa também podem ter sido burlados.
Em Lajnha (MG), os desvios apurados ultrapassariam R$ 890 mil. Na Operação Tirannos I, o mesmo esquema já havia sido identificado em outros dois municípios, Martins Soares (MG) e Durandé (MG), onde teriam ocorrido desvios superiores a 2,49 milhões.
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