A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte apreendeu, desde terça-feira (16), 2,4 toneladas de queijo Minas artesanal em uma operação que segue em andamento nesta quinta-feira (18). A ação foi desencadeada após o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) detectar a presença da bactéria Listeria monocytogenes em alguns lotes do produto, que pode causar listeriose, uma infecção alimentar grave.
A doença pode provocar diarreia, febre e sintomas gastrointestinais, além de evoluir para quadros mais sérios, como meningite, especialmente em pessoas com baixa imunidade, gestantes e idosos. Diante do risco, o Mapa determinou a suspensão imediata da produção da empresa fabricante e o recolhimento de todas as unidades já comercializadas no varejo.
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), os queijos apreendidos eram vendidos com marca própria de redes de supermercados, como o Verdemar, que comercializava o produto identificado como sendo de sua linha exclusiva. Os queijos eram produzidos por uma empresa localizada em Brejo Bonito, distrito de Cruzeiro da Fortaleza, na região Noroeste de Minas Gerais.
Posicionamento do Verdemar
O empresário Alexandre Poni, sócio do Verdemar, afirmou que a rede foi surpreendida pela fiscalização e que não tinha conhecimento prévio da contaminação. Ele destacou que o supermercado acompanha regularmente a situação de seus fornecedores e que não havia nenhuma restrição nas licenças da empresa produtora, a Comercial Reis e Melo.
“Foi informado que as análises desses queijos, das linhas Nata de Prata e Nata de Ouro, foram feitas no dia 27 de abril e apontaram contaminação. Porém, nós nunca fomos comunicados desse resultado. Nossa equipe só soube da situação quando a Vigilância veio até nossas lojas e determinou o recolhimento preventivo”, explicou Poni.
Ele reforçou que não há confirmação de que os queijos vendidos pela rede estão contaminados, mas, por precaução, todas as unidades foram retiradas imediatamente das prateleiras e novas compras com o fornecedor foram suspensas.
“Queremos tranquilizar nossos clientes. Quem comprou esse queijo pode devolvê-lo em qualquer loja Verdemar para receber o dinheiro de volta ou trocá-lo por outro produto. Prezamos pela qualidade e segurança em tudo o que vendemos”, completou o empresário.
Ações em andamento
Equipes da Vigilância Sanitária continuam vistoriando todas as unidades do Verdemar na capital, além de outros estabelecimentos que possam ter comercializado o queijo produzido pela empresa interditada.
A PBH informou que a operação está sendo realizada em conjunto com a Vigilância Sanitária Estadual e sob coordenação do Mapa. A prioridade é garantir que nenhuma peça contaminada permaneça disponível ao consumidor.
Até o momento, 2,4 toneladas de queijo Minas artesanal foram recolhidas. O Mapa e a Prefeitura ainda não divulgaram se há outros supermercados ou cidades envolvidos no caso.
As fiscalizações seguirão nos próximos dias para assegurar que todas as unidades do produto sejam localizadas e recolhidas, evitando riscos à saúde pública.
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