Aluno de medicina é suspenso após ameaças de massacre em faculdade de BH

Um estudante do sétimo período de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG) foi suspenso preventivamente após divulgar ameaças de massacre contra colegas, sobretudo mulheres, além de mensagens de ódio em redes sociais. O caso é investigado pelo ao Ministério Público e à Polícia Civil.

Nas postagens, já removidas, o aluno se apresentava com nomes como “luciférico”, “bigodista” e “guerreiro anti-cósmico”. Ele relacionava o útero feminino a Satanás e chegou a escrever que “abortar favelados é based”, termo usado em contextos de exaltação de atos polêmicos. Em uma das imagens, aparecia mascarado segurando um revólver.

Colegas relataram que o jovem mantinha comportamento isolado. Em nota, a FCM-MG informou que instaurou processo disciplinar interno, suspendeu o estudante por 15 dias e bloqueou seu acesso às dependências. A instituição acionou o Núcleo de Acessibilidade e Apoio Psicopedagógico (NAAP) para prestar suporte e frisou que a imagem do aluno foi preservada, assegurando direito ao contraditório e à ampla defesa.

Apesar das medidas, a reação da comunidade acadêmica foi de insatisfação. Representantes de 12 turmas enviaram documento cobrando explicações imediatas sobre a suspensão e o possível desligamento. Os estudantes questionaram se a carteirinha e as digitais do colega já foram desativadas, se seguranças receberam instruções para barrá-lo e quais providências estão em andamento para evitar riscos no campus.

As turmas pediram ainda que a faculdade notifique o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), a fim de impedir eventual transferência do estudante para outra instituição médica.

Conforme relatos de alunos, o estudante tentou acessar a faculdade na última quarta-feira (3) e foi impedido pela segurança. O

A Polícia Civil informou que instaurou inquérito policial para apurar o caso. “O caso está a cargo da 1ª Delegacia de Polícia Civil Centro, e outras informações poderão ser repassadas à imprensa com o avanço dos trabalhos investigativos”, finalizou.