Acusado de matar sargento Roger Dias em BH alega agressões no presídio

A audiência de instrução do processo sobre a morte do sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha, assassinado em janeiro de 2024 em Belo Horizonte, foi encerrada nesta quinta-feira (19). O réu, Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, que está preso no Presídio de Francisco Sá, no Norte de Minas, permaneceu em silêncio durante o interrogatório, mas afirmou sofrer agressões dentro da unidade.

Diante da denúncia, o juiz determinou que a Corregedoria do presídio fosse oficiada para apurar as alegações.

Durante a sessão, prestaram depoimento dois policiais civis envolvidos nas investigações, dois policiais militares que participaram das ocorrências relacionadas ao caso e o piloto da motocicleta atingida pelo Fiat Uno dirigido pelos acusados antes da morte do sargento. Outras testemunhas previstas foram dispensadas.

Com o encerramento da fase de depoimentos, o processo segue para as alegações finais do Ministério Público e da defesa, que vão embasar a decisão judicial sobre submeter o réu a júri popular.

Relembre o caso

O sargento Roger Dias da Cunha, então com 29 anos, foi baleado durante uma perseguição no bairro Novo Aarão Reis, na Região Norte de Belo Horizonte, em 5 de janeiro de 2024. Ele foi atingido por dois tiros na cabeça e um na perna. Apesar de socorrido, teve morte cerebral confirmada dois dias depois.

À época, Welbert estava foragido, pois não retornou ao sistema prisional após a saída temporária de Natal, prevista para encerrar em 23 de dezembro de 2023.

Em 30 de janeiro de 2024, ele se tornou réu por homicídio triplamente qualificado, acusado de agir por motivo torpe, para assegurar a impunidade de outro crime, com recurso que dificultou a defesa da vítima e contra agente de segurança pública em serviço.