A Justiça de Belo Horizonte rejeitou nesta terça-feira (19) o pedido da defesa de Thiago Schafer, de 21 anos, suspeito de matar Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21, para que fossem realizados exames de insanidade mental. Segundo a juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, não há elementos que justifiquem a medida nesta fase do processo.
A magistrada explicou que a alegação de insanidade deve ser apresentada no início da instrução, quando pode ser avaliada junto às provas já produzidas. No caso de Thiago, a defesa só levantou a questão ao final da audiência. Além disso, não foram apresentados laudos ou documentos médicos que comprovem qualquer comprometimento mental do acusado. “Não se justifica, nesta fase processual, a instauração de incidente de insanidade mental”, afirma a decisão. A juíza ainda determinou que as partes apresentem alegações finais em dois dias, começando pelo Ministério Público.
Defesa citou indícios de problemas mentais
Segundo a defesa, depoimentos do próprio Thiago e de testemunhas indicariam possível comprometimento mental do acusado durante a audiência de 12 de agosto. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contestou a solicitação, afirmando que Thiago sempre apresentou discurso organizado e coerente, sem sinais de incapacidade para compreender e decidir sobre seus atos. A alegação de dependência química também não é suficiente para justificar a realização de exames de insanidade, segundo o MPMG.
O crime
Clara Maria desapareceu em 9 de março e foi encontrada morta na casa de Thiago, no bairro Ouro Preto, em 12 de março. Na noite do crime, ela havia informado ao namorado que iria se encontrar com o ex-colega de trabalho em frente a um supermercado na Avenida Fleming.
Investigações apontaram que Thiago tinha uma dívida de R$ 400 com Clara, contraída quando ambos trabalhavam em uma padaria do mesmo bairro. Segundo o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, a dívida não estava sendo cobrada e foi usada apenas como pretexto para atrair a vítima até sua casa. Inicialmente, Thiago afirmou que planejava roubar dinheiro do celular de Clara, mas também relatou que ficou com ciúmes após vê-la com o namorado dias antes do crime.
Ao ser preso, Thiago estava sozinho em casa. Os investigadores sentiram um forte odor ao entrarem na residência e encontraram parte do corpo da vítima em uma área de jardim recentemente cimentada.
Segundo acusado
Lucas Rodrigues Pimentel, também preso, é acusado de ajudar a ocultar o corpo de Clara. Ele trabalhava na mesma padaria que a vítima e conheceu Thiago no local. Segundo a Polícia Civil, Lucas tinha rancor da jovem depois de ter sido repreendido por ela em público por fazer apologia ao nazismo e chegou a admitir a amigos que queria vê-la morta. Os dois respondem ao mesmo processo.
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