Uma mulher identificada como Anelise de Carvalho Gomes, de 27 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça dentro de casa em Guaxupé, no Sul de Minas Gerais, neste sábado (28), e o principal suspeito é seu marido, Dario José de Almeida Júnior, de 28 anos. Após o feminicídio, o homem manteve a sobrinha da vítima, uma criança de 8 anos, como refém por quase 11 horas e confessou ter abusado sexualmente dela.
De acordo com a Polícia Militar, o crime teve início durante uma discussão motivada por denúncias da menina, que teria revelado à tia que havia sido assediada pelo cunhado. Após matar a esposa com um disparo na cabeça, Dario fez uma videochamada para um policial militar, admitindo o crime e mostrando a arma, exigindo que a rua fosse isolada.
Durante a negociação, ele efetuou um disparo que atingiu a porta de uma viatura, quase ferindo um policial. A situação de alto risco mobilizou o Batalhão de Operações Especiais (Bope), que chegou de Belo Horizonte por volta das 13h e assumiu a condução da ocorrência.
VEJA TAMBÉM:
Negociações e libertação da criança
Por horas, Dario manteve a menina sob ameaça, colocando a arma em sua cabeça e ameaçando matá-la caso os policiais se aproximassem. Ele também confessou o abuso sexual à equipe de negociação, agravando ainda mais a gravidade da situação.
A libertação da criança aconteceu após cerca de 11 horas de negociações intensas. Para liberá-la, ele chegou a exigir que um conhecido fizesse uma transferência bancária de R$ 13 mil para a ex-mulher, exigência que ainda está sendo apurada.
Depois de libertar a menina, o homem permaneceu por mais algum tempo dentro do imóvel, chorando e afirmando que queria se suicidar. Ele se entregou sem oferecer resistência, após orientação da equipe do Bope. A arma e munições foram apreendidas.
Anelise foi encontrada morta, com um ferimento de tiro na cabeça, deitada sobre um colchão na sala. A criança foi encaminhada ao hospital, onde confirmou ter sido abusada. O criminoso, segundo ele mesmo, é CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e adquiriu a arma legalmente.
Em seu depoimento, Dario alegou ter “acordado transtornado” e disse sofrer de problemas psiquiátricos desde a infância, mencionando ter sido vítima de abuso. Familiares relataram que o suspeito tinha histórico de instabilidade emocional e crises frequentes, especialmente após consumo de álcool.
O casal estava junto havia três anos e formalizou o casamento há cerca de quatro meses.
GRUPO COM NOTÍCIAS DO POR DENTRO DE MINAS NO WHATSAPP
Gostaria de receber notícias como essa e o melhor do Por Dentro de Minas no conforto por WhatsApp. Entre em grupos de últimas notícias, informações do trânsito da BR-381, BR-040, BR-262, Anel Rodoviário e esportes.
Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.
Acompanhe o Por Dentro de Minas no YouTube
Assista aos melhores vídeos com as últimas notícias de Belo Horizonte e Minas Gerais. Informações em tempo real.