Homem é preso por apologia ao nazismo em BH

Um homem, de 21 anos, foi preso suspeito de compartilhar conteúdo de apologia ao nazismo em redes sociais na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (26). A ação contou com o apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCESP), resultando também no cumprimento de mandados de busca e apreensão.

A operação envolveu buscas na residência do suspeito, em Belo Horizonte, e na casa da mãe dele, em Valinhos, interior de São Paulo. Durante as diligências, foram encontrados diversos materiais relacionados ao nazismo, incluindo etiquetas com a cruz suástica, fardamentos militares, toucas ninja, munições, armas de airsoft, além de equipamentos eletrônicos como celulares, pen drives e HDs externos.

No celular do investigado, os policiais localizaram evidências da veiculação de conteúdo nazista em redes sociais e aplicativos de mensagens. O jovem utilizava símbolos como a SS (Schutzstaffel) e incentivava a adesão de novos membros a grupos que propagavam essa ideologia.

Justificativa do suspeito

Durante o interrogatório, o suspeito alegou que possuía os objetos por participar de práticas de airsoft, onde encenavam momentos da Segunda Guerra Mundial. No entanto, admitiu ter publicado conteúdo de apologia ao nazismo nas redes sociais.

O homem foi preso com base no artigo 288 do Código Penal (associação criminosa) e no artigo 20 da Lei 7.716/1989, que criminaliza a prática, indução ou incitação à discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A lei também prevê punição para quem fabrica, comercializa ou distribui símbolos nazistas para fins de divulgação dessa ideologia.

A investigação teve início após informações repassadas pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em colaboração com o Homeland Security Investigations. O delegado Arthur Benício destacou a importância da integração entre órgãos nacionais e internacionais no combate aos crimes de ódio.

As investigações continuam para identificar possíveis envolvidos e desarticular a rede de propagação de conteúdo extremista.