Um levantamento de 2023, do Conselho Federal de Odontologia (CFO), apontou que o Brasil tem 354 mil cirurgiões-dentistas em atividade, distribuídos por todo o território nacional. No entanto, esse cenário apresenta um paradoxo, já que apenas uma pequena parcela da população tem acesso integral aos serviços. Pois, apesar dos avanços significativos que foram observados nos últimos anos, ainda existe a carência de políticas públicas mais efetivas, investimentos em pesquisa e inovação, além de ações de educação em saúde bucal.
Para corroborar com a afirmação de que o país necessita de mais atenção quando se trata de saúde da boca, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, em setembro de 2020, que dos 162 milhões de brasileiros acima de 18 anos, 34 milhões perderam 13 dentes ou mais e 14 milhões perderam todos os dentes.
“Esses dados são tristes, principalmente para nós, profissionais da odontologia. Infelizmente, a maioria da população ainda depende do atendimento público. Junto a isso, tem pouca informação sobre outras doenças que os problemas na boca podem causar como, por exemplo, as cardíacas e diabetes”, alerta o cirurgião-dentista e professor, Mario Cappellette Jr., presidente da Associação Brasileira de Odontologia de São Paulo – ABO-SP.
A entidade, que há anos se comprometeu com a saúde bucal do brasileiro, disponibiliza atendimento odontológico especializado acessível a todos em sua sede, na capital paulista. Além disso, o local abriga um centro de treinamento o qual recebe profissionais de diversas partes do mundo, que vêm ao Brasil para se aprimorar. “Em um contexto em que os custos para procedimentos odontológicos particulares ainda são elevados e o atendimento público é básico, a ABO-SP usa seus recursos e faz a sua parte para proporcionar acesso à saúde bucal de qualidade para todos. No entanto, ainda enfatizamos o esforço para uma iniciativa mais ampla do Estado, como políticas públicas e ações efetivas na área”, afirma Cappellette Jr.
Problemas bucais afetam a saúde física, emocional, a estética, incluindo dificuldades para comer, falar e até mesmo socializar. A auxiliar de serviços gerais, Ana Aparecida da Silva Costa, é uma dessas pessoas que encontrou no atendimento da ABO-SP a oportunidade de superar essas dificuldades. Ela conta que sofreu muito pela falta dos dentes. “Por muito tempo deixei de sorrir. Na pandemia, nem achei ruim usar máscaras, pois escondia o que me causava grande constrangimento. Com a ajuda dos profissionais da ABO-SP recuperei o funcional, o sorriso e a alegria, além da autoestima. No final do protocolo, quando vi o resultado, chorei de emoção.”
“A falta de acesso a serviços odontológicos acessíveis é uma realidade confirmada no Brasil. A ABO-SP busca preencher essa lacuna, oferecendo atendimento de qualidade com condições acessíveis. Essa é a nossa colaboração para que todos tenham acesso aos cuidados odontológicos necessários e voltem a sorrir, como aconteceu com a paciente Ana Aparecida”, comemora Cappellette Jr.
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