Seja após um longo dia de trabalho, durante um jantar com a família ou curtindo a praia com os amigos, apreciar um bom copo de cerveja é sempre uma opção bem-aceita. Entretanto, apesar da apreciação, sempre há quem prefira uma bela caneca de chopp. Mas afinal, realmente há diferenças significativas nessa escolha?
Na realidade, grande parte dos países empregam a mesma denominação para caracterizar a cerveja, desconsiderando, para isso, as diferentes maneiras e métodos de acondicionamento, como o engarrafamento, lata e barril.
A exceção é brasileira: por aqui, toda cerveja armazenada sob pressão, consequentemente em barris, é reconhecida como chopp. Segundo o costume popular, esse hábito é decorrência direta da imigração alemã para o Brasil, uma vez que o nome da bebida deriva de schoppen, expressão germânica que indica um copo de meio litro.
Os alemães que aqui se instalaram costumavam utilizar constantemente a medida de 500 ml para realizar seus pedidos justamente em bares que serviam cervejas diretamente do barril. Dessa maneira, com o tempo e a adaptação, o termo passou a ser integrado ao “vocabulário tupiniquim”.
Contudo, há, de fato, diferenças entre a bebida de cevada sob pressão, autenticada como chopp, e a tradicional cerveja, encontrada em lata e garrafa. Neste artigo, você vai conferir os aspectos de uma e de outra.
Principais características de composição
Pasteurização
Comecemos com aquele que pode ser considerado o principal diferencial tanto para a produção quanto para a designação: o processo de pasteurização. Pode-se dizer que ambas as bebidas apresentam os mesmos ingredientes, além de serem preparadas segundo um mesmo processo, variante de acordo com o método adotado pelo mestre cervejeiro responsável.
A diferença, então, ocorre dentro das fábricas, em que, ao fim do procedimento, pode ou não ocorrer a pasteurização. É exatamente aqui que se encontra a grande diferença, já que a cerveja tradicional passa pelo processo e o chopp não.
Em 1864, o cientista francês Louis Pasteur desenvolveu um procedimento físico que garante a esterilização de alimentos: uma bebida, por exemplo, é aquecida até a temperatura de 70°C, de cinco a dez minutos; após um resfriamento súbito, que provoca choques térmicos, os possíveis microorganismos patogênicos presentes são completamente destruídos.
A concepção da pasteurização foi responsável, assim, pelo prolongamento do tempo de vida das cervejas, fator que facilitou amplamente a comercialização da bebida.
Em suma, podemos concluir que, ao passar pelo procedimento físico, temos a preparação da cerveja, caso contrário, o resultado é o chopp.
Prazo de validade
Evidentemente, por ser pasteurizada durante a produção, a cerveja apresenta um período de validade mais amplo que o do chopp.
Uma cerveja engarrafada, por exemplo, dura uma média de 8 meses em temperatura ambiente, devendo ser consumida rapidamente depois de aberta. Já o chopp, sob refrigeração, costuma vencer entre 10 e 40 dias, dependendo dos ingredientes e processos de fabricação utilizados. Após ser aberto, o período máximo para o consumo pode ser de 2 a 5 dias, desde que, novamente, esteja refrigerado.
Textura e sabor
Mesmo que de maneira sutil, a pasteurização altera o sabor final da bebida, além de que a filtração decorrente do processo geralmente acaba retirando parcialmente os elementos que elevam o corpo da cerveja — por isso a característica mais aguada.
Por sua vez, o chopp tende a ser mais encorpado, caracterizando-se pela maior cremosidade e sabor mais marcante, tornando-se, assim, um líquido em que a apreciação é muito mais bem definida, com perceptíveis nuances no paladar.
Claramente, a preferência ocorre conforme gostos particulares.
Envasamento padrão
De modo geral, o chopp é acondicionado em barris que variam entre 10 e 50 litros, enquanto a cerveja é envasilhada em garrafas que vão de 300 ml a 1 litro ou em latas.
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