Os consumidores da capital mineira estão menos otimistas com a economia do País. O Índice de Confiança do Consumidor do primeiro trimestre de 2019 (Jan/Fev/Mar), medido pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), recuou 5,1 pontos, passando de 58,2 para 53,1 pontos. Para o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, a queda da confiança dos consumidores está relacionada a lenta recuperação econômica. “Estamos acompanhando uma melhora gradual da economia, mas que vem ocorrendo em um ritmo abaixo do esperado por todos. E isso vem refletindo no indicador de confiança dos consumidores belo-horizontinos, pois eles mantém um nível elevado de incerteza em relação a situação econômica do País”, explica Silva. “O atraso na aprovação de reformas estruturais e de medidas que ajudem a acelerar o crescimento econômico também tem frustrado os consumidores e contribuído para a queda da confiança”, acrescenta.
Entre os gêneros, o levantamento mostrou que a confiança caiu em ambos os sexos em relação à economia e às finanças pessoais. O resultado para os homens foi de 57,4 pontos. Já para as mulheres, o indicador registrou 50 pontos. Essa diferença é explicada pelo desemprego ser maior entre o público feminino (Mulheres em 12,8% / Homens em 11% – 4o tri.18 – IBGE). Na segmentação por faixa etária, o Indicador de Confiança do Consumidor, no primeiro trimestre de 2019, apontou que os jovens (de 18 a 24 anos) são os mais otimistas com a economia do País, com 58 pontos. Já os consumidores menos confiantes estão entre os jovens-adultos (de 25 a 34 anos). O indicador para essa faixa etária teve queda de 9,6 pontos em relação ao trimestre anterior e ficou em 50,2 pontos. “Essa parcela da população foi a única que sofreu queda dos rendimentos reais no primeiro trimestre do ano, por isso são os menos otimistas”, comenta o presidente da CDL/BH.
Percepção sobre os últimos seis meses apresenta pequena redução e atinge 52,9 pontos
O indicador de condições gerais, que representa as percepções dos consumidores em relação ao cenário econômico e finanças pessoais nos últimos seis meses, teve uma pequena redução de 0,4 pontos percentuais e registrou 52,9 pontos no 1° tri/2019. Segundo o presidente da CDL/BH, “a queda deste indicador reflete a situação atual da economia e finanças pessoais dos consumidores belo-horizontinos, que vêm sentindo os efeitos do aumento da inflação no trimestre, que ficou 1,12 pontos percentuais acima do trimestre imediatamente anterior (1o trim. 19 em 1,51% / 4o trim.18 em 0,39% – IBGE)”.
A percepção dos consumidores sobre a situação econômica do País nos últimos seis meses melhorou. O indicador aumentou 9,3 pontos e ficou em 42,7. Já em relação às finanças pessoais, o
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indicador teve uma queda considerável de 10,3 pontos e ficou em 63 pontos. Esse resultado é o menor desde o 2o tri/2018 (53,2 pontos).
Cai a expectativa para os próximos seis meses
Os consumidores estão menos otimistas em relação ao cenário econômico e às finanças pessoais para os próximos seis meses. O indicador de expectativa geral registrou 53,6 pontos no 1o tri/2019, e embora esteja acima do nível neutro dos 50 pontos, ele teve uma queda de 14,4 pontos em relação ao trimestre anterior. O subindicador de expectativa para o cenário econômico também teve recuo de 17 pontos percentuais e ficou em 50,4 pontos. Assim como o de finanças pessoais, que reduziu 11,7 pontos e ficou em 56,9. “O belo-horizontino ainda não está conseguindo enxergar um cenário melhor para os próximos seis meses, por isso eles seguem menos confiantes com os rumos que a economia vai tomar”, finaliza o presidente da CDL/BH.
Metodologia – O Indicador de Confiança do Consumidor mensurado pela CDL/BH é formado por quatro indicadores individuais, sendo eles: condições atuais da economia brasileira, condições atuais das finanças pessoais, expectativa para a economia brasileira e expectativa para as finanças pessoais. A média desses indicadores é utilizada para o cálculo do indicador de confiança dos empresários.
Quando um desses indicadores vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos consumidores. A escala do indicador varia de zero a cem. Onde zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito” e cem indica a situação máxima em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.
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