A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Receita Estadual e a Polícia Militar, em conjunto, deflagraram, na manhã desta quinta-feira (14/10), a operação Tição de Iolau, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro nas cidades de Nova Serrana e Moema, região Centro-Oeste do estado. Oito pessoas foram presas, sendo quatro por cumprimento de mandados e as demais em flagrante.
Na ação, foram apreendidos celulares, computadores, documentos, drogas (maconha, cocaína e haxixe), duas balanças de precisão, material para preparo e fracionamento de entorpecentes, medicamentos, cartões e extratos bancários, relógios, R$ 10 mil em espécie, além de duas aves da fauna silvestre e cinco veículos.
Esquema criminoso
O trabalho investigativo, que teve início há cerca de três meses, resultou na expedição de quatro mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão. Durante as apurações, foi identificado um esquema destinado a criação de empresas fantasmas, emissão e venda de notas fiscais, causando grande prejuízo financeiro para o erário estadual.
As investigações também apontaram um mecanismo de venda de receituário, medicamentos abortivos e remédios controlados sem receita médica. Os investigados já haviam sido alvos de outras operações, em 2018 e 2020.
Desdobramentos
A delegada Angelita Viviane Soares comentou sobre as prisões. “São pessoas que já têm envolvimento com outros crimes. Elas estão na delegacia (Regional em Nova Serrana) agora e serão ouvidas. Algumas possuem mandado de prisão e, mesmo assim, foram pegos com elas outros objetos, sendo lavrados os autos de prisão em flagrante delito. Portanto, deverão ser presas por outros crimes”, adianta.
As investigações continuarão e deverão ter outros desdobramentos. A delegada agradeceu o apoio da população, que tem ajudado por meio de denúncias, e ressaltou a integração da PCMG com demais órgãos que participaram da ação. “Nova Serrana está de portas fechadas para o crime. Nós estamos bem atentos, trabalhando no combate diário a esses crimes”, conclui.
Tição de Iolau
O nome da operação foi inspirado na mitologia grega, quando Hércules, ao enfrentar o monstro com corpo de dragão e cabeças de serpentes, denominado Hidra, recorre ao seu sobrinho Iolau, solicitando ajuda no combate à fera. Na história, ao ter uma cabeça cortada, o monstro se regenerava. A fim de cauterizar cada cabeça que era cortada pelo semideus, Iolau se utilizava de um tição (pedaço de madeira em chamas) para combater o inimigo.
A operação de hoje contou com a participação de 21 policiais civis, 52 policiais militares, sendo empenhadas 23 viaturas das duas instituições. Houve também o apoio de 12 fiscais da Receita Estadual, com emprego de seis veículos.
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