A preocupação em relação à frequência sexual é tema ainda bastante comum entre casais. Em relações monogâmicas duradouras o número de transas tende a cair ao longo do tempo. Especialistas listam uma série de fatores que explicam esse fenômeno – como aspectos relacionados à idade e a uma certa acomodação.
Uma pesquisa revela que, no contexto do matrimônio, 34% têm relações entre duas e três vezes por semana, 45% algumas vezes por mês, e 13% algumas vezes por ano. Isto leva frequentemente à infidelidades com conhecidos ou profissionais, tais como acompanhantes. Os dados são de um estudo do Instituto Kinsey para Pesquisas em Sexo, Gênero e Reprodução, nos Estados Unidos, que se concentra especificamente nas relações heterossexuais de jovens adultos.
A idade também conta na frequência sexual. O estudo do Instituto Kinsey apontou que jovens entre 18 e 29 anos transam, em média, três vezes a cada sete dias. Já com adultos entre 30 e 39 anos a média cai para 1,6. O grupo etário compreendido entre 40 e 49 anos faz sexo 1,3 vez por semana.
O casamento e o sexo
Se o casamento pode ser um dos causadores da diminuição da frequência sexual, por outro lado, o estudo concluiu que pessoas casadas ou comprometidas que têm sexo de forma regular, são indiscutivelmente mais felizes, não tendo necessidade frequente da prática. O sexo é mais proveitoso quando as relações por semana alcançam a média de quatro ou mais vezes, comparado com aqueles que praticam apenas uma vez no mesmo período.
Os pesquisadores afirmam que as mulheres mais maduras e comprometidas curtem mais as relações, porque com a idade tendem a se conhecerem melhor, incluindo aí o próprio corpo, e também ao casal. Nesse caso, mesmo sem a regularidade sexual da juventude, a qualidade supera a quantidade. Especialistas concluem que as relações sem compromisso não se comparam em qualidade com as de uma relação matrimonial constante e feliz.
A idade e o interesse sexual
Segundo um estudo realizado pela Universidade de Chicago sobre a sexualidade de homens e mulheres entre 40 e 80 anos, foi constatado que o interesse pelo sexo não diminui à medida que a idade avança. Pelo contrário: para 80% dos homens e 60% das mulheres, o sexo é parte importante de suas vidas e essencial para o bem-estar e felicidade.
Para os especialistas envolvidos na pesquisa, os números surpreendem. O estudo prova que a idade não influencia o apetite sexual. É por isso que uma porcentagem considerável dos clientes das acompanhantes são idosos. Os cientistas perceberam o quanto é necessário fazer com que a qualidade dessas relações sexuais permaneça boa à medida que homens e mulheres entram na terceira idade.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também avaliou o comportamento sexual de 26 mil homens e mulheres entre 40 e 80 anos, em 28 países, incluindo o Brasil, onde a pesquisa foi conduzida. Ao contrário do que os especialistas sempre pensaram, homens e mulheres com mais de 40 anos continuam não só a achar o sexo importante, como também a praticá-lo com regular frequência.
Mais da metade dos que participaram garantiram que praticam sexo entre uma e seis vezes por semana. No Brasil, 75% dos homens e mulheres entrevistados afirmaram ter relações sexuais pelo menos uma vez por semana. A pesar da frequência ser parecida com a dos jovens que praticam sexo, os cientistas lembram que a qualidade das relações tende a piorar com a idade. Entre 39% e 44% dos entrevistados alegaram sofrer de problemas sexuais.
Os problemas mais comuns são relacionados com dificuldade de ereção nos homens e atingir o orgasmo, no caso das mulheres. Com esses dados e conclusões, fica clara a importância de cuidar da saúde sexual. Fazendo terapias, usando um medicamento para problemas sexuais quando necessário, além de conversar abertamente e naturalmente com o parceiro sobre o tema, sem tabus.
Com todas as pesquisas, também ficou comprovado os benefícios da prática do sexo para a saúde. Estudos mostram que ajuda a diminuir a pressão arterial, reduz o estresse, a ansiedade e ajuda na qualidade do sono. Então a ordem é cuidar da saúde sexual!