Logo na entrada da mostra, assim como acontece em São Paulo, será criada uma reprodução de um atelier, com objetos cênicos e táteis que fazem referência às influências e ao universo do Basquiat. Além das três obras interativas criadas por OSGEMEOS, Alex Hornest e Rimon Guimarães, haverá também trabalhos de Fefe Talavera, Saci Pedro, Nunca, Mag Magrela, Raphael Sagarra (Finok), Carlos Dias/Aoseualcance, Ise, Herbert Baglioni e Rodrigo Branco. Assim como Basquiat, eles começaram sua produção artística nas ruas, mas hoje estão em museus e galerias de arte.
Neste mesmo ambiente, três grandes quadros em branco pendurados na parede atiçam a curiosidade dos visitantes. Na frente de cada uma delas, uma mesa baixa com o relevo de uma obra. Ao deslizar o dedo sobre a mesa, a tela na parede começa a ganhar vida, revelando uma pintura, como Bebop (2018) do OSGEMEOS. Para a ambientação sonora, foi criada uma lista de músicas bastante eclética, com os principais músicos e gêneros que influenciaram a obra de Basquiat.
Sobre a exposição Basquiat – Com mais de 80 peças, entre quadros, desenhos, gravuras e pratos pintados, a incrível retrospectiva Jean-Michel Basquiat foi concebida com obras da família Mugrabi, dona das maiores coleções de Basquiat e também Andy Warhol. A vinda desse acervo tão qualificado ao Brasil, em quatro capitais, levou cerca de dois anos de negociações. Nas palavras do curador da exposição, Pieter Tjabbes “Basquiat é um dos maiores artistas de ascendência afro-caribenha e é exaltado em todo o mundo. Ele é, fundamentalmente, um artista de Nova Iorque. Sua obra personifica o caráter da cidade nos anos 70 e 80, quando a mistura de empolgação e decadência da cidade criou um paraíso de criatividade. Sua obra reflete os ritmos, os sons e a vida da cidade. Ela sintetiza o discurso artístico, musical, literário e político de Nova Iorque durante este período tão fértil”.