O subsecretário de Regularização Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Anderson Aguilar, anunciou, aos deputados das Comissões de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que a secretaria receberá a direção da Samarco para definir um cronograma para a retomada das operações da empresa.
A informação foi dada em audiência pública, realizada nesta quarta-feira (1º/6/16), em que funcionários e autoridades mineiras e capixabas cobraram o reinício das atividades para evitar aumento do desemprego nas regiões atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, no ano passado. Ainda de acordo com ele, o Estado reconhece a importância da operação da Samarco para Minas Gerais, mas ponderou que os estudos com este objetivo estão sendo feitos com todo o cuidado técnico necessário.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Altamir Rôso, reforçou que a empresa é a culpada pelo desastre e deve ser punida, mas que não pode ser destruída. Na opinião dele, as atividades da Samarco geram empregos e riquezas, tendo em vista que a mineração é o setor econômico mais importante do Estado. “Precisamos cobrar agilidade da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e, para isso, oferecer-lhe uma estrutura adequada. Todos os projetos de investimento dependem de licenciamento ambiental e isso deve ser feito de forma mais célere”, pediu.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiemg), Olavo Machado Júnior, fez coro à fala do secretário e completou que a paralisação da Samarco afeta diretamente as cadeias produtivas de todo o Estado. Segundo ele, os empregos diretos são mais que os 39 mil que a empresa considera em sua cadeia. “O problema é de engenharia e será resolvido. As propostas da empresa são viáveis e foram firmados todos os compromissos necessários. Defendo um grande pacto pelo desenvolvimento”, ressaltou.
Samarco apresenta projetos de recuperação e presta contas à população
O diretor de Projetos e Ecoeficiênca da Samarco, Maury de Souza Júnior, fez uma apresentação de todas as ações adotadas pela empresa desde o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (Região Central), em 5 de novembro do ano passado. De acordo com ele, a mineradora se desculpa publicamente à sociedade pelo que ocorreu, porque, “apesar de a empresa ter o que há de mais moderno em segurança, houve o acidente”.
Em sua exposição, afirmou que os acessos às comunidades foram desobstruídos; sete pontes danificadas foram reconstruídas e liberadas; 68 casas foram reformadas e até final de julho, todas as casas de Barra Longa, cidade mais atingida, serão recuperadas. Além disso, 26 estabelecimentos comerciais estão sendo reformados. O diretor da empresa diz que são 3300 pessoas trabalhando ao longo do trecho afetado; que foram retirados 125 mil m³ de lama de Barra Longa; e foi definida a área onde será construído o novo distrito de Bento Rodrigues. “Produtores rurais têm sido fomentados e animais atendidos. Foram concluídos três diques de contenção e, ao contrário do que vem sendo noticiado, não vem sendo vazados mais rejeitos no Rio Doce”, garantiu.
Leia matéria na íntegra no Portal ALMG.
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