Foi adiado mais uma fez o julgamento dos três réus acusados de matar quatro servidores do Ministério do Trabalho no crime que ficou conhecido como “Chacina de Unaí”. Este é o segundo adiamento do julgamento, que havia sido marcado primeiramente para setembro de 2013.
A previsão era de que Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro fossem julgados nesta quinta-feira (22) no Tribunal do Júri Federal em Belo Horizonte.
O juiz Murilo Fernandes de Almeida, autorizou o adiamento pois a defesa de Mânica e Castro alegou que o MP (Ministério Público) incluiu sete novas mídias ao processo na última segunda-feira (19), e que os advogados dos réus não tiveram acesso a essas informações. Uma dessas mídias seria uma delação premiada gravada pelo réu Hugo Alves Pimenta.
O julgamento de Norberto Mânica e o empresário José Alberto de Castro seriam julgados nesta quinta-feira após desmembramento, mas a sessão foi remarcada para 27 de outubro. O também empresário Hugo Pimenta, delator no processo, conseguiu que seu processo fosse desmembrado e será julgado em 10 de novembro.
Todos os três réus respondem pelo crime de homicídio doloso qualificado. Se condenados, as penas podem ir de 12 a 30 anos de prisão, que serão multiplicadas por quatro (número das vítimas).
Até agora, apenas os executores da chacina, Erinaldo Vasconcelos Silva, Rogério Allan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda, já cumprem pena pelos crimes. Eles foram julgados e condenados pelo Tribunal do Júri Federal em setembro de 2013, com penas que foram de 56 a 94 anos de prisão.