O mundo atual depende do acesso imediato e irrestrito à informação: a internet está sempre disponível em nossos celulares a qualquer hora, em qualquer lugar. Essa revolução digital possibilitou o contato com amigos e família, novas modalidades de trabalho, o surgimento dos aplicativos de transporte e delivery, notícias em tempo real, entre outras conveniências do mundo moderno. Em especial durante a pandemia do novo coronavírus, a internet nos smartphones se tornou um aspecto fundamental de nossas vidas.
É por isso que a chegada de qualquer nova tecnologia que promete transformar e melhorar a internet móvel acaba chamando a atenção do público. As redes 5G são a nova geração de protocolos de internet no celular, e já começam a ser implementadas no Brasil. Em Minas Gerais, por exemplo, o centro de Belo Horizonte já conta com a tecnologia 5G de algumas operadoras.
Mas enquanto as antenas estão sendo instaladas neste momento, o público ainda desconhece as vantagens e desvantagens da tecnologia 5G, e uma série de polêmicas como a espionagem digital e riscos à saúde continuam mal explicadas. Por isso, acompanhe este artigo para desmistificar o 5G e entender tudo sobre a nova tecnologia de seu smartphone.
O que é 5G?
As tecnologias que permitem as telecomunicações evoluem constantemente graças às novas demandas e possibilidades conforme passam os anos. A primeira geração “1G”, por exemplo, era a telefonia analógica que conhecíamos nos aparelhos fixos. Já a rede 2G possibilitou o sinal digital, enquanto redes 3G e 4G aumentaram significativamente a velocidade da internet e o número máximo de aparelhos conectados. Foram esses avanços que permitiram o número imenso de smartphones em países como o Brasil, e as famosas maquininhas de cartão de crédito portáteis.
A rede 5G é o nome dado às 3 novas tecnologias de telefonia móvel. Dessa forma, assim como as redes 4G anteriores, a rede 5G não soluciona os problemas de privacidade digital – que só podem ser amenizados com uma VPN – nem mesmo o gasto de bateria dos aparelhos. As reais novidades das redes 5G dependem do tipo de banda instalada pelas operadoras:
- Low-band: Usa sinais inferiores a 2 GHz, onde existiam os canais de televisão analógica que já foram desativados no país. As redes 5G low-band possuem velocidade semelhante ao 4G, mas oferecem um número muito maior de aparelhos conectados sem perder qualidade.
- Mid-band: Ondas entre 2 e 10 GHz. Essa faixa é compartilhada com sinais de Wi-Fi, Bluetooth e 4G. Isso permite que a técnica de DSS para mesclar redes já existentes seja usada com repetidores 5G, permitindo que a transição entre antenas e áreas de cobertura seja suave e não apresente interrupções. O 5G DSS é mais comum no Brasil, sendo o primeiro adotado pelas operadoras.
- High-band: Chamada de mmWave, ou onda-milímetro, é a grande novidade chamativa das redes 5G. Suas velocidades altíssimas superam a casa dos 200 gigabits por segundo, mais rápidas que as redes domésticas de fibra óptica. A desvantagem é o alcance extremamente baixo do sinal, não superando um quarteirão por antena.
Espionagem digital e riscos à saúde
Apesar de suas inúmeras vantagens e tecnologias fascinantes, as redes 5G infelizmente se tornaram infames por notícias constantes de problemas internacionais de espionagem digital e, supostamente, riscos à saúde associados ao novo sinal das antenas.
Países como os Estados Unidos passaram a sancionar e limitar a presença da tecnologia 5G da Huawei, empresa chinesa responsável por grande parte da infraestrutura 5G mundial. As alegações de espionagem digital ainda não foram comprovadas, mas este tipo de manobra sociopolítica se tornará cada vez mais comum conforme o avanço das tecnologias digitais torna nossos dados cada vez mais valiosos. De todo modo, para o contexto do 5G brasileiro, não há preocupação extra em relação ao 5G: os mesmos cuidados com a privacidade nas redes Wi-Fi públicas e 4G devem ser aplicados ao 5G, independentemente da origem.
Já para a saúde, não há nenhuma associação negativa entre as frequências de 5G e o corpo humano. As radiações eletromagnéticas como a luz, o sinal de 5G e o rádio podem ser divididas em ionizantes e não-ionizantes. As radiações ionizantes, oriundas de um material radioativo, por exemplo, podem danificar o DNA e causar doenças no corpo. Já as radiações não-ionizantes não interagem com o organismo e são seguras. Como o 5G faz parte da segunda categoria, não há risco em seu uso ou convívio próximo às antenas.
Agora que você já sabe quais são as novidades da tecnologia 5G, basta esperar para que em sua região sejam instaladas antenas compatíveis com o sinal. Além disso, é necessário possuir um smartphone com modem 5G. A maioria dos novos aparelhos lançados em 2021 no Brasil já suportam o recurso, ou oferecem modelos com o modem por um preço mais elevado. No futuro, as redes 5G serão tão presentes quanto hoje encontramos as redes 3G e 4G. Confira também o que fazer para regularizar a CNH.
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