Muitos estrangeiros costumam falar sobre o espanto que têm ao perceber a importância do horóscopo entre os brasileiros. Você já tinha se dado conta de que algo, tão comum por aqui, pode ser menos popular em outros países? Pois saiba que é um costume extremamente popular no país desde que, nos anos 80, revistas sobre o tema começaram a ser publicadas.
A astrologia começou a ser estudada na idade média, por astrônomos sérios e respeitáveis. Com o passar dos anos – e o avanço da ciência – astronomia e astrologia se separaram, em definitivo. Os estudiosos da ciência ligada à física dizem, categoricamente, que a astrologia é uma pseudociência, ou seja, não tem comprovação científica.
Aqueles que continuam a ligar todos os fatos e acontecimentos da vida a posição das estrelas discordam com veemência e permanecem lendo e se informando sobre os signos, sem se importar com as opiniões dos cientistas. É quase um caso de fé: crer para ver. O papa Francisco já até reclamou sobre horóscopos em seus sermões.
O horóscopo, no entanto, é levado a sério por muitas pessoas. Tem gente que não sai de casa sem ler o que os astros lhe reservam para aquele dia. Durante um giro em torno de si mesma, a Terra pode revelar ótimos momentos aos nascidos sob determinada regência estelar. Ou não. Lua, planetas e outros signos podem oferecer resistências e aquele dia se tornaria complicado para determinado signo.
E alguns números podem ser mais favoráveis a um determinado signo também. A numerologia atua, basicamente, no mesmo espectro da astrologia na sociedade. É um estudo que é considerado uma pseudociência pelos matemáticos. Mas isso também não impede que aqueles que estudam e acreditam no poder dos números tenham fé em alguns deles.
Placas de carro, apostas lotéricas, números de telefone, tudo que é possível associar aos números da sorte e afinidade são afetados pela crença. Alguns famosos já chegaram a trocar seus nomes artísticos devido a estudos numerológicos. A Olimpíada de Pequim, em 2008, teve sua estréia no dia 8 de agosto porque o 8 seria um número muito positivo para os chineses.
A legislação brasileira – geral ou trabalhista – proíbe que pessoas sejam contratadas, despedidas, discriminadas e etc levando-se em conta critérios subjetivos como a astrologia ou a numerologia. Pode-se processar alguém que o faça, inclusive. Mas, em alguns casos – abertamente ou não – empregadores fazem o uso destes estudos para montar uma equipe de trabalho ou despedir funcionários.
Além da sorte
Existem outras crenças utilizadas para tentar entender a vida, a própria personalidade ou até mesmo prever o futuro. O tarô, as runas, a leitura de cartas de baralho, o ser humano sente fortemente a necessidade de obter ajuda para encarar a dureza do dia a dia, se utilizando de várias convicções que estão presentes na sociedade há milênios.
Os chineses costumam realizar a leitura das folhas de chá; os gregos lêem a borra de café nas xícaras; as runas teriam origem escandinava; ciganos, as mãos e etc. O tarô pertence a diversas culturas, com cartas e desenhos diferentes, e significados similares. A França é seu lar mais constante, mas estudos dizem que teve origem ainda no Egito antigo.
Psicólogos afirmam que não há problema em sentir a necessidade de obter ajuda com algo intuitivo, que não precise de confirmação científica. Isso é algo típico do ser humano. Mas é preciso ter cuidado para que não se torne uma muleta, sem a qual não se consiga caminhar sozinho. Deve ser algo divertido e que acrescente na vida das pessoas, apenas isso.
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