O pirarucu selvagem, gigante da Amazônia que chega a três metros e 200 quilos, é o maior peixe de escamas de água doce do mundo. Tem sabor suave, posta alta, carne tenra, clara e sem espinhas. Além das qualidades gastronômicas, o seu manejo sustentável, praticado no estado do Amazonas, permitiu que o peixe não fosse extinto, e atualmente contribui para a conservação de mais de 11 milhões de hectares da Floresta, gerando renda e melhoria de qualidade de vida para as comunidades indígenas e ribeirinhas. Para celebrar o pirarucu e levar sua cultura a todo o país, o Festival Gosto da Amazônia chega a BH, entre 25 de março e 10 de abril, em cerca de 50 restaurantes da cidade.
O evento, que já passou pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, vai proporcionar o encontro da tradicional comida mineira com o sabor e a versatilidade do pirarucu selvagem de manejo sustentável. Durante 17 dias, os principais restaurantes da cidade servirão um prato inédito com pirarucu, preparado com o tempero e o toque especial dos chefs. Entre eles estão: Léo Paixão, Flávio Trombino, Caio Soter, Bruna Martins, Djalma Victor, Caetano Sobrinho, Ilmar de Jesus, Naiara Faria, Cristóvão Laruça, Henrique Gilberto, Rodrigo Fonseca, Marise Rache, Juliana Duarte, Tereza Baltazar, Guilherme Melo e os mais renomados cozinheiros da capital mineira, com suas receitas autorais.
“Os festivais têm a importância de comunicar os atributos do pirarucu sustentável. Permitem que as pessoas conheçam o peixe e possam compreender que estão consumindo um produto de sabor único, mas também tendo um consumo consciente. O evento torna conhecido o pirarucu, e o público está contribuindo tanto para a conservação dos recursos naturais da Amazônia, como também para melhorar a qualidade de vida daquelas pessoas que fazem esse produto acontecer”, destaca Adevaldo Dias, da Asproc (Associação dos Produtores Rurais de Caruari) e presidente do Memorial Chico Mendes.
A marca “Gosto da Amazônia – sabor que preserva a floresta” nasce dessa harmoniosa combinação, enaltecendo os principais valores defendidos e praticados pelas instituições envolvidas no manejo do pirarucu: preservação da natureza, comércio justo, desenvolvimento econômico e social sustentável. Tudo isso, claro, temperado com o sabor único dos produtos da Amazônia.
Em Belo Horizonte, pratos como: risoni caldoso de tucupi com pirarucu na brasa, abobrinha e ora-pro-nóbis; iscas de pirarucu em tempura com maionese de pequi; lombo de pirarucu cozido no sous vide e finalizado na manteiga noisette, vinagrete especial de jiló e banana da terra; pirarucu na brasa com molho chimichurri; pirarucu em crosta de castanha do Brasil ao molho de tucupi com gnocchi de mandioca e lâminas de abobrinha; moqueca de pirarucu com banana tostada, camarão, farofa de dendê e arroz de coco; lombo de pirarucu com molho holandês de manteiga de garrafa, tapenade de azeitonas pretas, aliche e ceviche de banana da terra; entre muitos outros, demonstram a diversidade de preparo deste ingrediente.
A ideia é que as casas possam continuar a oferecer o peixe para além do festival. O distribuidor oficial do pirarucu na capital mineira e parceiro do evento é a Verde Acqua.
Nascida em 2020 e pioneira em aquaponia, é uma empresa produtora e fornecedora de microverdes, vegetais, hortaliças, pescados e biofertilizantes naturais. A sinergia das marcas surge em prol da sustentabilidade, visto que a Verde Acqua é a primeira empresa do planeta a verticalizar toda a cadeia de pescados em aquaponia. Um processo inovador, que replica da ciclos natureza, sem descarte de resíduos e que economiza até 90% de água em comparação com os convencionais.
Sobre o manejo sustentável do pirarucu
O manejo do pirarucu começou a ser implementado em 1999, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, e hoje é realizado por populações tradicionais da Amazônia em Unidades de Conservação, terras indígenas e territórios com acordos de pesca devidamente autorizados pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Para que tudo funcione de maneira adequada, o manejo sustentável obedece a três regras:
• A pesca é realizada apenas no período da seca, entre setembro e novembro, respeitando o ciclo reprodutivo da espécie.
• Só podem ser pescados pirarucus acima de 1,5 metro.
• O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autoriza a pesca de apenas 30% da população adulta do pirarucu em cada lago em que ocorra o manejo – ou seja, garante o crescimento progressivo da população de peixes.
Prática de uso sustentável e gestão participativa do recurso pesqueiro, o manejo comunitário garante a sobrevivência da espécie, soberania alimentar e renda aos indígenas e povos tradicionais da região, configurando-se como um extraordinário caso de conservação da biodiversidade. Graças à atividade, o pirarucu voltou a habitar grande parte das várzeas amazônicas e não é mais uma espécie ameaçada.
O Gosto da Amazônia é fruto da cooperação internacional entre o governo do Brasil e dos EUA, executada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e Serviço Florestal dos EUA (USFS), com recursos da Agência para Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID) e participação da Operação Amazônia Nativa (OPAN), Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), Memorial Chico Mendes (MCM), Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC), Associação dos Comunitários que trabalham com Desenvolvimento Sustentável no Município de Jutaí (ACJ), Instituto Juruá, Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SINDRIO).
Serviço
Festival Gosto da Amazônia
Data: de 25 de março a 10 de abril de 2022.
Lista completa de participantes e pratos: https://gostodaamazonia.com.br/festival/
Mais informações: https://www.instagram.com/gostodaamazonia/
Distribuidor: https://verdeacqua.eco.br/
Mais informações: https://www.instagram.com/verdeacquacultivos/
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