O isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19 originou um novo hobbie entre os moradores da capital mineira, a jardinagem tem proporcionado aos belo-horizontinos um refúgio para enfrentar esse período de grande estresse e incerteza que vivemos.
Apesar de muitos negócios terem sido impactados negativamente pela restrição de atividades comerciais e pela redução de consumo, causados pela queda do poder aquisitivo do consumidor e pela crise sanitária atual, o mercado de flores e plantas ornamentais surpreendeu, e terminou 2020 com bom desempenho.
Impulsionados pela necessidade de uma vida mais saudável e pelo desejo de ter mais contato com o verde, durante a quarenta, muitos jovens descobriram, na jardinagem, um novo hobbie e estilo de vida. Segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura, os chamados pais e mães de plantas, movimentaram o setor, garantindo um crescimento de até 10% no número de vendas do setor.
Sacadas de apartamentos e pequenos quintais ganharam nova decoração e se transformaram com a criação de jardins e hortas horizontais, além disso, a adoção do home office, provocou também o aumento no consumo de plantas e flores ornamentais.
Com isso, muitos estabelecimentos remodelaram sua forma de atendimento e ingressaram no comércio online, para garantir a segurança e o conforto de seus clientes que se encontravam em isolamento, algumas floriculturas em BH passaram a oferecer entrega por delivery, que ajudaram a impulsionar o setor, avalia o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor).
De acordo com Renato Opitz, diretor do instituto, o aumento no tempo passado em casa incentivou as pessoas a transformarem seus espaços. Além disso, como ressalta Opitz, o distanciamento ajudou a aquecer o mercado, já que muitas pessoas optaram por enviar flores como presente, por delivery, em datas especiais, como aniversários, no Dia das Mães e dos Namorados.
O comércio de plantas verdes, como dracenas, também foi um dos que mais cresceu durante a pandemia. Segundo o Ibraflor, a produção cresceu 20% durante o período. A estimativa é que a produção dobre nos próximos anos, impulsionada pelos novos hábitos adquiridos ao longo do isolamento.
Apesar dos bons resultados obtidos ao final de 2020, muitos produtores e donos de floriculturas sofreram um baque com o cancelamento de eventos e festas e com as incertezas do mercado, no início do período de isolamento.
Contudo, para o órgão, o crescimento significativo do setor durante o período foi fundamental para compensar os prejuízos e perdas sofridas. Minas Gerais foi um dos maiores impactados com a suspensão de atividades em março de 2020, o estado que é segundo maior produtor brasileiro, conta com aproximadamente 500 produtores de flores e cerca de 2.5 hectares cultivados, tem cerca de 80% de sua produção voltada para o fornecimento de festas e eventos.
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