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Maior bloco de Belo Horizonte, Baianas Ozadas homenageia Moraes Moreira

Durante o desfile do Baianas Ozadas, os organizadores estimaram que cerca de 500 mil foliões se reuniram para celebrar o carnaval ao som do axé - Foto: Léo Rodrigues/Agência Brasil

De Léo Rodrigues
Edição: Aécio Amado

As ruas de centro de Belo Horizonte se transformaram hoje (27) em uma extensão de Salvador. Durante o desfile do Baianas Ozadas, os organizadores estimaram que cerca de 500 mil foliões se reuniram para celebrar o carnaval ao som do axé. A estimativa inicial era 300 mil. O bloco, que se consolidou nos últimos anos como o maior da capital mineira, escolhe anualmente uma personalidade baiana para homenagear e nesta edição prestou um tributo a Moraes Moreira. Ícone da banda Novos Baianos, o músico foi representado por um boneco gigante.

A concentração começou às 10h na Avenida Afonso Pena. De lá, os foliões percorreram ruas do centro da cidade e chegaram à Praça da Estação. O bloco toca o que chamam de axé vintage. “É o axé das antigas, da época que o povo fala que era bom. Tinha Daniela Mercury, Netinho, Asa da Águia, Cheiro de Amor, Ivete Sangalo e Timbalada. E tem no repertório algumas músicas também de Caetano Veloso e Gilberto Gil”, explica Polly Paixão, produtora do Baianas Ozadas.

O carnaval deste ano marca o aniversário de cinco anos da origem do bloco. O Baianas Ozadas foi criado em 2012 por um grupo de amigos, alguns deles baianos radicados em Belo Horizonte. No primeiro ano, saiu como ala em que as pessoas se vestiam com saias de baianas e acompanhavam diversos desfiles.

No ano seguinte, a ala deu origem ao bloco. E desde então, ele cresceu vertiginosamente ano a ano, se tornando o maior do carnaval de Belo Horizonte. Em 2016, o público triplicou saltando de 100 mil para 300 mil. Ele mobilizou quase quatro vezes o número de foliões do segundo maior bloco da cidade.

“O carnaval de Belo Horizonte está crescendo muito a cada ano. Mas aumenta o número de foliões e aumenta também o número de blocos que ajuda a dividir o público. Para nós, estes números também são relativos. O que mais importa pra gente é fazer um carnaval feliz, sem tumulto e sem brigas, todo mundo escutando o som”, afirma Polly Paixão.

Novidades

O bloco trouxe algumas novidades em relação ao ano passado. O carro de som foi mais potente. Segundo Polly Paixão, com o crescimento surpreendente do público no ano passado, houve dificuldades para que a música fosse escutada com qualidade por todos. Daí decidiu-se investir em uma melhor estrutura.

Outra inovação foi a criação da ala “Os baianinhas”. Nela, crianças tocaram instrumentos de percussão feitos com material reciclável.

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