As cidades mineiras estão cancelando o carnaval devido à crise na econômica, segundo elas outra causa é a queda de arrecadação, na capital mineira está reduzindo os investimentos públicos para a folia que tem um público esperado de mais de 1,6 milhão de pessoas.
Diversas cidades do Sul de Minas já cancelou a realização do evento sendo por volta de verbas, entre elas está Varginha, Itajubá e Passos um das maiores da região e também Albertina Guapé, Alpinópolis, Cássia, Fortaleza de Minas, Lavras, São João Batista do Glória e São Tomás de Aquino.
Em São Tomás de Aquino, a Secretaria de Cultura, Célia de Fátima Cássia Giraldelli, disse ao G1 Sul de Minas, que a cidade tem outras prioridades: “A gente economiza sim, porque há despesas. Ai a gente tem que ver a questão da saúde, da educação, da infraestrutura, então há outras prioridades.”
A falta de recursos para o carnaval de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, reduziu os investimentos do município, com isto a expectativa da prefeitura é que cerca de 15 mil pessoas durante a festa, enquanto nos últimos anos recebeu entre 20 e 25 mil pessoas, conforme o município.
Também na cidade histórica de Ouro Preto, na Região Central de Minas, terá um investimento menor em relação aos anos anterior, segundo o município, a redação foi causada pelo queda na arrecadação que dependente da mineração.
Na capital mineira, a prefeitura reduziu os investimentos para o carnaval, segundo a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), a redução foi de R$ 2 milhões, sendo o público esperado de 1,6 milhão de pessoas, enquanto em 2015 recebeu 1,5 milhão.
Segundo a presidente da Belotur, Cláudia Pedroso ao G1: “No ano passado, a gente teve um investimento de R$ 5,5 milhões. Esse ano vamos ter R$ 3,5 milhões. O poder público continua portando o mesmo valor [do ano passado]. O decréscimo foi na parte do investimento privado” e disse também que o dinheiro vindo da prefeitura é de aproximadamente R$ 2,350 milhões.
A Prefeitura de Nova União, cidade que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte, cancelou o carnaval, pois segundo o município o Fundo de Participação dos Municípios teve queda. Ainda de acordo com informações, “o dinheiro que seria gasto para a realização do evento será usado para recuperação de estradas vicinais que foram atingidas pelas fortes chuvas que assolaram a região, e na recuperação da Estação de Tratamento de Esgoto – ETE Nossa Senhora Aparecida”, segundo o prefeito Geraldo de Paula Andrade, ao portal G1.
Por causa da crise a Prefeitura de Caeté, também na Grande BH, anunciou que não vai custear o carnaval na cidade, disse em um comunicado que a prioridade é a “continuidade das obras já iniciadas e a manutenção dos serviços executados”.
A prefeitura alega que a baixa arrecadação de impostos e o atraso de repasses motivaram a decisão. E ainda os blocos que realizará folia terão apoio logístico e institucional da Prefeitura, como divulgação, fechamento de vias e limpeza dos locais de concentração e apresentação.
Já na cidade de Mateus Leme, que fica também na Região Metropolitana, ainda não se saber se realizará o carnaval, e alegou falta de recursos para a folia e conforme divulgado “a prioridade é garantir o pagamento de salários dos servidores públicos e a continuidade das obras em andamento“.
Na Zona da Mata, a cidade de Viçosa, anunciou que não realizará a festa oficial de carnaval devido à crise decorrente da queda de repasses de recursos estaduais e federais e os recurso que seria usado será remanejar verba municipal para adquirir uma van para transporte de alunos com necessidades especiais, máquinas, equipamentos, ferramentas e veículos para a Secretaria de Obras.
Um dia anterior ao anúncio, outra cidade da região anúncio o cancelamento, segundo a Prefeitura de Leopoldina, as finanças do município estão equilibradas, mas que optaou por não investir no carnaval e o dinheiro será remanejado para a saúde.
Outras cidades optaram por reduzir o orçamento gasto com a realização do carnaval entre elas estão a tradições Juiz de Fora e São João del Rei.