A Páscoa é uma época em que muitas pessoas refletem sobre o perdão, especialmente em relação à tradição religiosa que celebra a ressurreição de Jesus Cristo após sua morte. Para os cristãos, essa história é vista como um exemplo do poder do perdão e da capacidade de superar a dor e o sofrimento para encontrar a paz e a felicidade.
Porém, esse sentimento talvez seja um dos mais complexos nas relações humanas e, para muitas pessoas, o ato de perdoar pode ser extremamente difícil e doloroso.
Wellerson Silva, psicólogo clínico e especialista em terapia de casal e sexual do Instituto de Psicologia Médica afirma que nos atendimentos clínicos é muito comum receber pacientes que se queixam dos efeitos adversos sofridos pela presença do individualismo, da baixa tolerância a frustrações, da falta de empatia e, principalmente, da ausência do perdão nos vínculos relacionais em que estão inseridos.
“Com isso, percebemos que os vínculos afetivos vêm se tornando superficiais, fugazes, frágeis e descartáveis. Pensando sob uma ótica social, o perdão cumpre uma função de manutenção, preservação e reparação da unidade social. Para reconciliar, aprender a conviver (viver junto), faz-se necessário aprender a perdoar”, ressalta o especialista.
Ainda segundo o psicólogo, o poder do perdão é algo extremamente benéfico para a melhora dos relacionamentos familiares, conjugais, entre amigos e, principalmente, consigo mesmo.
“A tolerância, a compaixão, a bondade e o perdão, podem e devem ser aprendidas a partir do exercício de se relacionar com o outro. Quando entendemos que a outra pessoa é tão falha quanto nós mesmos, podemos revelar nossas vulnerabilidades e aceitamos as do próximo. Só é possível vivermos juntos, quando buscamos ativamente desenvolver formas mais leves, sinceras, respeitosas e acolhedoras em nossos relacionamentos”, analisa.
“Podemos pensar que, para além da manutenção dos relacionamentos, o maior benefício do ato de perdoar recai sobre aquele que perdoa. Gosto de dizer que o perdão não é sinônimo de esquecer, mas, sim, um ‘lembrar sem dor’, como uma pequena cicatriz que não compromete os seus movimentos, mas serve como um sinal de que você merece ter cuidado consigo mesmo. Entendo, também, que o perdão não é a conclusão do processo de cura, mas, sim, o seu início. Ao perdoar, permito-me seguir em frente, abrindo-me para novos possíveis”, completa Wellerson Silva.
Sobre o Instituto de Psicologia Médica
O Instituto de Psicologia Médica é formado por uma equipe multifatorial de profissionais altamente qualificados. O objetivo é oferecer acolhimento, diagnóstico e tratamento em situações de ansiedade, depressão, dificuldade de aprendizagem, transtornos alimentares, alteração de sono, fobias, déficit de atenção e avaliações neuropsicológicas, promovendo saúde e bem-estar nas diversas etapas do desenvolvimento humano.
Wellerson Silva – Foto Marcus Paranhos.
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