Caixa com pedido de doação ‘Ajude o procurador do MPMG sair do miserê’ critica reclamação de salário de R$ 24 mil

Um cartaz deixado durante está segunda-feira (9), em frente a Igrejinha da Pampulha, em Belo Horizonte, pede doação “Ajude o procurador do MPMG sair do miserê”. Um áudio divulgado revela que procurador do Ministério Público de Minas Gerais Leonardo Azeredo do Santos, que chamou o salário de R$ 24 mil de “miserê”.

A ação foi um protesto foi pelo advogado Mariel Marra. Ele ficou conhecimento ao pedido de cassação de mandato do vereador Wellington Magalhães.

“Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil? O que de fato nós vamos fazer para melhorar a nossa remuneração? Ou nós vamos ficar quietos?”. O desabafo do procurador Leonardo Azeredo dos Santos, ocorreu durante reunião realizada no início do mês de agosto para discussão da proposta orçamentária do Ministério Público de Minas Gerais para 2020.

“Estou deixando de gastar R$ 20 mil de cartão de crédito e estou gastando R$ 8 mil. Pra poder viver com os R$ 24 mil. Eu e vários outros já estamos vivendo à base de comprimido, à base de antidepressivo. Estou falando assim com dois comprimidos de sertralina por dia, e ainda estou falando deste jeito. Se não tomasse, ia ser pior do que Ronaldinho”, afirmou em tom exaltado.

A Por Dentro de Minas não conseguiu contato com o procurador Leonardo Azeredo.

Nota do MP

Por meio de nota, o MPMG confirma que na sessão “houve manifestação de cunho pessoal de um dos integrantes do colegiado sobre a política remuneratória da instituição”. Porém, “que não há nenhum projeto em andamento sobre a adoção de benefícios pecuniários para a carreira de membros (procuradores e promotores de Justiça) ou de servidores, em vista da grave crise financeira vivenciada pelo estado e da necessidade de observação da Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal”.

E ainda que o órgão “vem tomando medidas de austeridade para aumentar a eficiência administrativa e reduzir os gastos, principalmente com pessoal”. As medidas têm se mostrado eficiente para manter o Ministério Público dentro do limite legal de 2% da Receita Corrente Líquida.