De acordo com o Delegado da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Murillo Ribeiro, o suspeito de estelionato, Luiz Carlos da Silva, 56 anos, preso na manhã desta segunda-feira (13) durante a Operação Chacal, pode estar envolvido em uma associação criminosa que está agindo na região do distrito de Macacos, próximo à cidade de Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
“O que nós apuramos é que o Luiz Carlos estava repassando um endereço falso de uma das casas que estão na área de alto risco, desde o alerta sonoro emitido para as barragens B3 e B4, em Macacos. Desde então, o investigado tem recebido benefícios, como hospedagem em uma pousada em Macacos e vouchers para alimentação. Suspeitamos, ainda, que ele possa ter envolvimento com outras pessoas que tentam o mesmo tipo de fraude”, informou Murillo Ribeiro, explicando que esta é apenas a primeira fase da Operação Chacal, podendo haver novas prisões a qualquer momento.
Ainda de acordo com o Delegado, é fundamental que a comunidade de Macacos continue repassando à Polícia suspeitas de golpes como esse. “No caso do Luiz Carlos, nós já vínhamos investigando indícios da fraude, mas a própria população estranha pessoas que não estão diretamente associadas à comunidade”, explicou. Segundo as apurações, Luiz Carlos residia no bairro Betânia, região Oeste de Belo Horizonte, sem qualquer vínculo com o distrito de Macacos. O suspeito alegou à PCMG que passava por dificuldades financeiras e confessou o crime.
Qualquer denúncia de fraude ou estelionato pode ser comunicada à Polícia Civil por meio do 197 ou 181.
Brumadinho
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, até o dia 3 de maio, um total de 13 pessoas investigadas por estelionato para recebimento de benefícios indevidos (seja para indenizações ou doações) provenientes da assistência às famílias das vítimas e desabrigados com o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Desse total de prisões, 11 foram cumpridas na própria cidade e outras duas na capital.