Uma das justificativas no aumento das passagens do ônibus em Belo Horizonte era a volta de 500 cobradores nos veículos do transporte coletivo. No entanto, isso ainda não está sendo percebido pelos passageiros que reclamam, devido ao fato de já estar em vigor o reajuste, mas nada dos agentes de bordo.
Deste o dia 3 de janeiro, as passagens na capital estão mais caras. Prova disso, é que o preço da tarifa de ônibus voltou a custar R$ 4,50, após a liminar da Justiça que barrava o aumento. Ela foi derrubada na quarta-feira 2 de janeiro e com isso, o reajuste é de 11%.
Na tarifa dos ônibus que atendem Vilas e Favelas o aumento foi de R$ 0,90 para R$ 1,00. As passagens que antes custavam R$ 2,85 foram para R$ 3,15, e os táxi lotação que custavam R$ 4,45 passam para R$ 5,00.

O auxiliar administrativo Luiz de Carvalho, 23 anos, que utiliza a linha 713, alimentadora da Estação São Gabriel não gostou do reajuste que passou a custar a R$ 3,15, mais o Move que tem completo de R$ 1,35. “O reajuste foi maior que o do salário mínimo e a qualidade do serviço prestado é muito ruim. Os ônibus da linha não tem ar-condicionado e durante todo o dia estão rodando sem agente de bordo, aumentando o tempo de viagem em cerca de 20 minutos”, reclamou o usuário que mora no Bairro Lajedo, na Região Norte, e trabalha no Centro.
A Prefeitura de Belo Horizonte e a BHTrans além impor que as empresas terão que recontratar 500 trocadores para trabalhar nos coletivos da capital, também foi condicionado a colocar em operação 300 novos veículos dos modelos com ar-condicionado.
A reportagem do Por Dentro de Minas esteve na Estação São Gabriel nesta terça-feira, 15, nos horários de pico da manhã e da tarde, e constatou que em nenhum linha, seja alimentadora ou troncal possui agente de bordo.
Respostas
O Por Dentro de Minas entrou em contato com a Empresa de Transporte e Transito de Belo Horizonte (BHTrans) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH).
A BHTrans encaminhou a seguinte nota:
No parágrafo 1º, do artigo 3º, da Lei nº 10.526/2012 está especificado que cada veículo destinado aos serviços de transporte público coletivo e convencional de passageiros por ônibus do Município de Belo Horizonte será operado por um motorista e um agente de bordo, à exceção: dos veículos das linhas troncais do sistema de Bus Rapid Transit (MOVE); dos veículos em operação em horário noturno e nos domingos e feriados e dos veículos dos serviços especiais caracterizados como executivos, turísticos ou miniônibus.
A BHTRANS tem intensificado a fiscalização para garantir o cumprimento da lei e está autuando as empresas que estão circulando sem agentes de bordo. De janeiro a novembro de 2018, foram realizadas 8.726 autuações às concessionárias por ausência de agente de bordo no veículo, sem autorização da BHTRANS.
É importante ressaltar que, no sistema de transporte coletivo por ônibus de Belo Horizonte, mais de 80% dos usuários já utilizam o cartão BHBus e a tendência é de crescimento.
Por meio das fiscalizações em campo e eletrônica é possível monitorar questões relativas ao cumprimento do quadro de horários, itinerário, etc. São 450 fiscais trabalhando diariamente em ações no transporte e trânsito de Belo Horizonte. 98,7% das viagens constantes no quadro de horários previstos são cumpridas.
À BHTRANS cabe a fiscalização para o devido cumprimento da legislação. A população pode denunciar no fale conosco no portal da PBH – https://prefeitura.pbh.gov.br/contato. As informações são essenciais para direcionar as ações de fiscalização das equipes da BHTRANS. Além de atuar atendendo a demanda de usuários, existe uma rotina de fiscalização presencial que acontece nas portas das garagens, nos pontos de controle, nas estações e nos itinerários das linhas.
Já o Setra-BH informou que ainda estão em fase de contratação dos agentes de bordo que começou no dia 28 de dezembro e deve se estender até fevereiro. Além disto, orienta as empresas a respeita a Lei 10.526/12, que obriga todos os ônibus são obrigados a circular com motorista e cobrador, à exceção dos veículos das linhas do BRT/ Move e dos veículos em operação em horário noturno, aos domingos e feriados.
Valores das tarifas em Belo Horizonte
Tarifa principal: R$ 4,50
Circular: R$ 3,15
Vilas e favelas: R$ 1
Táxi-lotação: R$ 5
*Edição e revisão de Felipe de Jesus
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