Após denúncia de uma vítima de 71 anos, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, no centro de Belo Horizonte, o suspeito de estelionato Djalma Alves da Silva, de 55 anos. Contra ele já constava mandado de prisão preventiva em razão do mesmo tipo de crime, aplicado em 2016.
Levantamentos indicam que Djalma, natural do Rio Grande do Norte, aplicava golpes na capital desde 2012. Contra a idosa, uma professora aposentada que denunciou o golpe à Polícia, o prejuízo foi de R$ 284 mil reais. Djalma foi preso no momento em que se preparava para fugir e confessou à equipe de investigadores a prática do estelionato.
Conforme explicou o chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida (DICCV), delegado Sérgio Belizário, o suspeito usava intermediários para atrair as vítimas a uma sala comercial, no centro de Belo Horizonte, onde aplicava golpes financeiros. Para tal, ele se passava por uma pessoa com poderes espirituais. Esses intermediários optavam pela abordagem de pessoas mais idosas, por serem vítimas mais suscetíveis.
A professora aposentada contou à Polícia que, por aproximadamente dez dias, recebeu atendimentos de Djalma. Nesse período, o suspeito utilizou truques de mágica para fazer com que ela acreditasse que o dinheiro da família estava amaldiçoado. Assim, ele ofereceu para a vítima um “tratamento espiritual” para purificação desse dinheiro.
Durante buscas na casa do suspeito, no bairro Castelo, a equipe de investigadores apreendeu uma mala com R$ 250 mil (restituídos à vítima), além de um carro, documentos e uma carteira de mágico, com registro da Associação de Mágicos do Estado de São Paulo. A idosa explicou que o marido está passando por problemas graves de saúde e que, por essa razão, foi sensibilizada pelas promessas do falso médium.
No primeiro atendimento, a professora aposentada foi convencida a repassar o montante de R$ 5 mil reais ao suspeito. Esse dinheiro foi devolvido à vítima dentro de um saco fechado, sob a orientação de que a quantia ficasse nesse invólucro por uma semana. Nesse tempo, outras quantias foram repassadas ao investigado. Ele orientava que a vítima fizesse diversos saques. O gerente do banco chegou a fazer contato com a família da idosa, mas a vítima só desconfiou do golpe quando percebeu que faltavam R$ 400 reais na primeira quantia repassada para o suspeito.
Na delegacia, Djalma tentou subornar os policiais oferecendo-lhes R$20 mil reais, motivo pelo qual foi autuado por corrupção ativa, além do estelionato e uso de documento falso, haja vista que Djlama apresentava-se com a identidade do irmão, de nome Antônio.
Dinâmica dos golpes
O subinspetor da Delegacia Especializada em Homicídios Sul Guilherme Vieira, que integra a equipe responsável pela prisão, explicou que Djlama se aproveitava de suas habilidades com mágica para ludibriar as vítimas.
Para impressionar a idosa, ele mergulhou uma folha de papel em uma solução química, revelando a imagem de um caixão. Em outro momento, ele pediu que a vítima levasse frutas para uma sessão. Durante o truque ele retirou, do interior de um mamão, um coquinho seco, uma mecha de cabelo e o pedaço de uma nota de R$ 50 reais. Por meio desses truques, ele fez a vítima acreditar estar amaldiçoada.
Para dar mais credibilidade ao golpe, Djalma chegou a levar a idosa a uma instituição que trabalha com crianças portadoras de deficiência, fingindo assim estar envolvido em obras de caridade. Além disso, Djalma utilizava fotomontagens em que aparecia ao lado de religiosos famosos a fim de convencer as vítimas sobre sua idoneidade.
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