Por Dentro de Minas (MG)

Polícia realiza operação “Pecúnia” contra organização criminosa em Paraopeba

Foto: Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta sexta-feira (21), com a participação de 25 policiais, a operação “Pecúnia”, para desarticular uma organização criminosa que atuava na região de Paraopeba. Foram presos preventivamente J. R.S., 30 anos, identificado como o líder, e a irmã dele A. R. S., 40. O trabalho investigativo, inicialmente, buscava apurar a hipótese de o vultoso patrimônio ostentado pelos investigados ser proveniente do tráfico de drogas, porém as diligências demonstraram que o grupo se dedicava à usura e também cometia os crimes de lavagem de capitais e sonegação fiscal, a partir dos valores obtidos ilicitamente.

As investigações duraram 15 meses e foi apurado que a organização criminosa era composta por cinco integrantes: J. R. S., 30 anos, líder do grupo, sua irmã, A. R. S., 40, seu pai, S. R. S., 75, seu cunhado, W. R, 36, e sua companheira, A. R. F. R., 20. Os levantamentos apontam que J. R. S. emprestava dinheiro a juros, cobrando taxas que variavam de 7% a 22%, com o auxílio direto de sua irmã, A. R. S., que atuava gerenciando as transações, inclusive utilizando sua própria conta corrente. A. R. F. R. atuava entregando o dinheiro negociado para terceiros, enquanto S. R. S. e W. R. atuavam na lavagem de capitais.

Foram identificadas transações financeiras milionárias nas contas bancárias dos investigados, bem como compra, venda e troca de dezenas de veículos e imóveis. Somente em uma das contas bancárias de A. R. S. foram movimentados R$ 1,5 milhão. Os investigados foram indiciados por crimes contra a economia popular, organização criminosa, lavagem de capitais e sonegação fiscal, e denunciados pelo Ministério Público, que iniciou processo penal contra eles.

Sequestro de bens

Além das prisões, os policiais civis cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, arrecadando documentos, telefones celulares, cheques e dinheiro, no valor de aproximadamente R$ 220 mil, além de cumprirem mandados de sequestro de bens, incluindo cinco imóveis, três veículos e todos os valores mantidos no sistema financeiro nacional pelos investigados, alcançando cerca de R$ 2,5 milhões em bens e valores sequestrados.

Comentários
Sair da versão mobile