A Prefeitura de Belo Horizonte apresentou na manhã desta sexta-feira, 21, a auditoria do transporte coletivo, também chamada de “caixa-preta” da BHTrans. Conforme apresentado, o preço da tarifa de ônibus deveria ser R$ 6,35. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) se disse assustado com o resultado e afirmou que o preço é inviável, no entanto, não descarta a possibilidade de um reajuste na tarifa no próximo ano.
A análise considerou receita e custos das empresas. Outra metodologia da Agência Nacional de Transporte de Passageiros determinou que o preço deveria ser entre R$ 5,05 e R$ 5,61. Atualmente, a passagem mais usada na capital custa R$ 4,05.
“Confesso que estou muito assustado com os números que me foram apresentados. Quero dizer que nada aqui é definitivo em termos de preço. Este preço é o seguinte: para o transporte público não tem crise, tá tudo lindo, se colocar este preço. Mas, espera aí, o país está em crise, pô. Tá todo mundo sacrificando e baixando preço, a lógica é essa”, afirmou Kalil.
Além do prefeito Alexandre Kalil, os dados foram apresentados na presença do secretário Municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão, do presidente da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), Célio Bouzada, além de representantes da empresa de auditoria, contratada pelo município.
Valor de R$ 3,45
Nesta semana, o movimento Tarifa Zero anunciou que a tarifa de ônibus na capital mineira deveria ser de R$ 3,45. O preço praticado atualmente é de R$4,05. O movimento começou um estudo no início deste ano e chegou à conclusão que, só em 2017, as empresas de ônibus lucraram mais de R$ 179 milhões.
No cálculo foi levou em consideração a atuação de cobradores de ônibus, que em várias linhas de ônibus tem descumpridor a legislação municipal que obriga a presença do funcionário em certos horários.