A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em continuação às investigações que apuram a nova modalidade criminosa de “falso anúncio” para extorsão mediante sequestro, prendeu em flagrante, na última quarta-feira (14), Adriano de Jesus Souza, de 38 anos, e Iran Santos Figueiredo, de 26, pelo sequestro de um homem de 64 anos, oriundo do Mato Grosso, que foi mantido em cárcere privado na cidade mineira de Nova Serrana por mais de 40 horas. Além da dupla de executores, a PCMG autuou também os suspeitos de serem mentores do crime, que já se encontravam presos no Sistema Prisional, sendo o líder do grupo criminoso Fabrício Leandro Faria, de 44 anos, e Breno Henrique Gonçalves de Barcelos, de 27.
A vítima, atraída pelo falso anúncio para a compra de um caminhão em Nova Serrana, foi arrebatada pelos suspeitos naquele município na segunda-feira (12) e mantida em cativeiro em uma fazenda próxima à cidade até a quarta-feira (14), quando foi liberada no município de Pitangui. A vítima chegou a realizar transferência no valor de R$ 100 mil para a conta indicada pelos criminosos, mas a PCMG conseguiu bloquear a transação. Na quarta-feira pela manhã, os suspeitos foram presos ainda em Nova Serrana, onde residiam. Um terceiro envolvido diretamente no sequestro está sendo procurado pela Polícia.
O que chama atenção no caso, conforme destaca o Delegado Ramon Sandoli, responsável pelas investigações, é que o sequestro ocorreu simultaneamente a outro cometido em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, na última segunda-feira (12), em que outras vítimas do mesmo golpe foram sequestradas e posteriormente liberadas, sem o pagamento do resgate. Na ocasião, foi preso Rodrigo Tobias de Souza, de 28 anos, e Fabrício, que já se encontrava preso por crimes contra o patrimônio, autuados por serem suspeitos de comandar o crime.
“Descobrimos que se tratava de um mesmo esquema organizado pelo Fabrício, suspeito de liderar a quadrilha. Contudo, as investigações apontam que eles se articulavam em núcleos diferentes, sendo que os executores das duas ocorrências nem sequer se conheciam”, explicou Sandoli. Ainda segundo o Delegado, os suspeitos davam preferência a vítimas de outros Estados, por acreditarem que isso dificultaria as investigações da Polícia. Até o momento, a PCMG já apurou cinco ocorrências da quadrilha, sendo que duas tentativas foram evitadas pelas ações policiais. As suspeitas são de que o grupo criminoso possa ter pelo menos 14 integrantes, dos quais cinco já estão presos e outros nove estão sendo investigados.
Ramon Sandoli alerta a população para os riscos dos anúncios pela internet que oferecem preços e vantagens duvidosas. “O comprador deve sempre desconfiar de anúncios muito vantajosos e procurar obter informações do vendedor, solicitar o CPF, o endereço em que o vendedor marca a negociação e todo o tipo de dados que conseguir”, orientou o Delegado, adiantando que a quadrilha não age apenas pelo WhatsApp, como também por redes sociais, como o Facebook.
GRUPO COM NOTÍCIAS DO POR DENTRO DE MINAS NO WHATSAPP
Gostaria de receber notícias como essa e o melhor do Por Dentro de Minas no conforto por WhatsApp. Entre em grupos de últimas notícias, informações do trânsito da BR-381, BR-040, BR-262, Anel Rodoviário e esportes.
Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.
Acompanhe o Por Dentro de Minas no YouTube
Assista aos melhores vídeos com as últimas notícias de Belo Horizonte e Minas Gerais. Informações em tempo real.