A família relatou à PCMG que, devido às agressões, a criança passou a apresentar um quadro de abalo psicológico, chegando, inclusive, a cortar os próprios pulsos. De acordo com a Delegada responsável pelo caso, Nicole Perim, quando os familiares notaram a mudança de comportamento da vítima, questionaram a mesma se algo havia ocorrido, mas a criança se recusava a revelar o fato.
Contudo, em maio deste ano, a irmã da vítima, de três anos, relatou à tia, esposa de Cristiano, os abusos cometidos pelo mesmo, chegando inclusive a simular os atos sexuais. “A partir de então, questionada novamente pelos parentes, a vítima acabou por contar que desde junho de 2017, quando a mãe teve de ir ao hospital e ela ficou na residência do tio, os abusos tiveram início. Ela contou, ainda, que, posteriormente, foi consumada a conjunção carnal, o que se constatou nos exames periciais da PCMG”, explicou a Delegada.
A partir de então, Cristiano ameaçava de morte a criança para que esta não revelasse as agressões. Além disso, a investigação ainda indicou que Cristiano obrigava o irmão da vítima, um menor de 14 anos, a assistir vídeos pornográficos e o estimulava a praticar sexo com a vítima. “Nessas ocasiões, Cristiano chegava a dizer às vítimas que isso era algo normal e que ele mesmo, o suspeito, quando era criança, havia feito isso com a própria irmã”, disse a Delegada, informando, também, que o investigado submetia as vítimas ao consumo de bebidas alcoólicas enquanto eles assistiam aos vídeos pornográficos.
Em interrogatório, Cristiano se negou a prestar declarações à Polícia. Ele já se encontra recolhido no Sistema Prisional, à disposição da Justiça.