A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante, na última segunda-feira (30/2), Gilcimar Santos Ferreira, 37 anos, suspeito de tentar assassinar a ex-namorada, Juliana dos Santos Lima, 32 anos, no último domingo (29/2), em Vespasiano, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O crime ocorreu no bairro Jardim da Glória, onde a vítima morava e trabalhava em um sacolão. Segundo testemunhas, quando ela retornava do trabalho, o suspeito a aguardava escondido atrás de um ônibus, munido de uma faca de padeiro. Ainda na rua, Gilcimar a surpreendeu com um primeiro golpe na altura do joelho e, imediatamente, a atingiu também no braço e na região dos seios. Por fim, ele desferiu uma última facada abaixo do olho esquerdo, tendo a arma ficado cravada no rosto da mulher. O investigado ainda tentou retirar o objeto, mas não conseguiu e fugiu do local.
Juliana tentou pedir por ajuda, mas perdeu a consciência e foi posteriormente encaminhada ao Hospital Risoleta Neves. Dada a gravidade dos ferimentos, ela foi transferida ao Hospital João XXIII, onde passou por procedimentos de urgência.
À Polícia, Gilcimar confessou o crime e alegou não ter premeditado a ação criminosa, que teria sido motiva por ciúme. “Ele disse que ainda se considerava namorado da vítima e que teria ficado com ciúmes após vê-la dando um beijo em outra pessoa”, comentou a Delegada Nicole Perim, responsável pelas investigações.
Após se estabilizar no hospital, Juliana foi ouvida pela Polícia e confirmou ter terminado o relacionamento com o suspeito há cerca de oito meses. Disse, ainda, que desde o término sofria diversas ameaças por parte de Gilcimar, que inclusive a obrigava a manter relações sexuais forçadas com ele sobre ameaça de faca, uma vez que moravam próximos. “Na unidade médica, abriu-se a suspeita, inclusive, de que a vítima pode estar grávida”, destacou a Delegada.
Gilcimar estava em liberdade condicional desde o dia 27 de junho do ano passado, tendo sido condenado por homicídio cometido em 2009 no município de Governador Valadares. Agora ele responderá pelo crime de tentativa de homicídio, cuja pena prevista é de 12 a 30 anos de prisão, podendo ser agravada, caso haja confirmação da gravidez.
As investigações continuam para apurar os possíveis abusos sexuais sofridos pela vítima. “É muito importante orientarmos as mulheres que se encontram em situação semelhante de vulnerabilidade que, ao menor sinal de violência, procurem a Polícia imediatamente. Observamos a tendência dos abusos se agravarem, quando não há denúncia, podendo chegar até a uma situação fatal”, concluiu a Delegada.