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Em Belo Horizonte, hobby do ferreomodelismo reúne pessoas de 7 a 70 anos e ajuda a unir pai e filho

O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.

Em Belo Horizonte, alguns ferreomodelistas possuem verdadeiros ‘patrimônios’ em casa, e até hoje os trens despertam curiosidade e saudosismo nas pessoas.

O administrador de empresas aposentado Paulo de Assis Fonseca, 72 anos, gosta de trens desde a infância, nos anos 50, mas passou a se dedicar ao hobby há pouco tempo. “Comecei há dois anos e meio, pois somente agora tive espaço para montar uma maquete, onde rodo minhas três locomotivas e seis vagões. Como sempre gostei de desenho e arquitetura, fiz uma pequena maquete seguindo algumas instruções do material da Frateschi. Não vejo esse hobby como uma paixão, mas sim um gosto dos tempos em que brincar era algo mais do que simplesmente apertar botões”, afirma Fonseca. A Frateschi é a única fabricante de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais na América Latina.

De acordo com o aposentado, há até uma entidade em Belo Horizonte que reúne os aficionados por este hobby, a Associação Mineira de Ferreomodelismo. “Com a idade que tenho, os trens em miniatura são uma distração para mim, uma terapia. Este hobby é bom para quem aprecia desafios, belas paisagens, tranquilidade e, porque não, trabalhos manuais e lembranças das boas viagens de trens. Sei que é difícil os jovens de hoje cultivarem o gosto pelas ferrovias, pois no Brasil pouco se fala nelas e há poucos projetos turísticos ferroviários, mas muitas pessoas já estão percebendo que passear de trem é um evento agradabilíssimo”, conclui.

Já o engenheiro civil Tonny Rangel Neves Vale, 41 anos, começou a se dedicar a este hobby em razão de seu filho de 7 anos ser alucinado por trens. “Ele ama o ferreomodelismo e adorou quando comprei um kit da Frateschi com locomotiva, vagões e trilhos. Eu também sempre gostei de trens, mas foi graças ao meu filho que aderi a esse hobby. Aos poucos, vamos aumentando nossa coleção e, em breve, quero construir uma maquete em casa”, comenta Vale.

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