Com o tema “Pra enfrentar a gripe, vacine-se”, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lança, nesta segunda-feira (23/4), a campanha de vacinação contra a Influenza que vai até 1º de junho. O dia da mobilização nacional está previsto para 12 de maio (sábado). O objetivo da campanha é imunizar 90% das mais de 5,5 milhões de pessoas que fazem parte do público alvo, ou seja, cerca de 5.034.284 pessoas.
Para a Diretora de Vigilância Epidemiológica da SES-MG, Janaína Fonseca Almeida, a vacinação é uma das principais estratégias de prevenção da Gripe. “A vacina é muito importante, pois ela tem contribuído, ao longo dos anos, para a redução de complicações, internações e óbitos, especialmente na população de risco, que são as crianças de 6 meses a menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, entre outros.”, disse.
Segundo ela, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza. Além da vacina, as ações de prevenção da transmissão da influenza incluem a etiqueta respiratória e a lavagem correta e frequente das mãos.
Para reforçar a campanha no Estado, a SES-MG promoverá ações de divulgação que serão realizadas em rádios, redes sociais (Instagram e Facebook) e distribuição de cartazes sobre a gripe, além do hotsite www.saude.mg.gov.br/gripe, com informações sobre a doença, prevenção, dados e notícias. As ações buscam sensibilizar as pessoas sobre a importância da vacinação e prevenção da gripe.
Segurança da Vacina
Janaína Almeida reforça que as vacinas utilizadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde contra o vírus da influenza são seguras e eficazes. Elas são constituídas por vírus inativados, fracionados e purificados, portanto, não contêm vírus vivos e não causam a doença.
Segundo Janaína, quem tomar a vacina não ficará gripado, como muitos pensam. O que pode ocorrer, em alguns casos, são “manifestações, como dor no local da injeção, eritema e enduração, que ocorrem em 15% a 20% dos pacientes, geralmente resolvidas em 48 horas. Pode ocorrer também febre, mal estar e dor no corpo de 6 a 12 horas após a vacinação e persistir por um a dois dias, sendo notificadas em menos de 1% dos vacinados. Estas reações são benignas e autolimitadas”, explicou.
A cobertura vacinal no Estado em 2017 foi de 91,2%. Mesmo tendo alcançado a meta geral, grupos como crianças e gestantes, alcançaram pouco mais de 80%.
Tripla proteção
A vacina trivalente, distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), protege contra os três principais tipos do vírus da gripe que mais circulam no Estado e no país, o Influenza A H1N1 e H3N2 e o Influenza B. Segundo Janaína Almeida, os grupos prioritários devem se vacinar todos os anos, já que a imunidade contra o vírus cai progressivamente e o vírus passa por frequentes mutações.
Gripe em Minas Gerais
Em 2017, houve 300 casos confirmados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza em Minas, destes, 50 evoluíram para óbito. Do total de mortes confirmadas, a maioria (33) foi por influenza A/H3.
Em 2018, de janeiro até o dia 9/4, dos casos associados a Influenza, 83,3% (10/ 12) eram Influenza A e 16,7% (2/ 12 ) Influenza B. Naqueles em que foi identificado o vírus A, o subtipo A/H3 sazonal é o de maior proporção com 80,0% (8 /10 ).
Os municípios que tiveram casos registrados de SRAG causados pelo vírus da Influenza foram: Belo Horizonte (5 casos Influenza A/ H3 Sazonal); Contagem, Uberlândia e Varginha ( 1 caso cada cidade de Influenza A/ H3 Sazonal); Araguari e Juatuba ( 1 caso cada cidade de Influenza A ( H1NI) pdm09); Juiz de Fora e Lagoa Santa ( 1 caso cada de Influenza B).
Outras informações no boletim epidemiológico
Quem pode receber a vacina pelo SUS
– Crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias);
– Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
– Gestantes;
– Puérperas (mulheres que estão no período de até 45 dias após o parto);
– Mulheres e homens com 60 anos ou mais;
– Trabalhadores de saúde
– Povos indígenas
– Pessoas privadas de liberdade
– Portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais que comprometam a imunidade
– Professores de escolas públicas ou privadas
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