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Polícia prende suspeito de espancar namorada até a morte

Foto: Divulgação/Polícia Civil
Durante uma operação realizada na manhã dessa segunda-feira (5), a Polícia Civil de Minas Gerais deu cumprimento a um mandado de prisão expedido em desfavor de Sebastião Alves de Oliveira, 54 anos, suspeito de matar a namorada com golpes de capacete. Vilma Pereira da Conceição, de 50, foi morta no dia 13 de agosto do ano passado e teve o corpo abandonado em uma estrada de terra, no bairro Liberatos, zona rural de Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O Delegado responsável pelo inquérito policial, Otávio de Carvalho, ressalta que o crime teria motivação passional.

Segundo informações obtidas pela polícia, a vítima comentava com parentes e amigos sobre o comportamento agressivo e possessivo de Sebastião, motivo pelo qual pretendia colocar fim à relação entre os dois. No entanto, o suspeito não aceitava o término do namoro.

Investigações apontam que o casal costumava frequentar um forró, realizado aos domingos e, em seguida iam para a casa do suspeito, localizada na zona rural de Betim, onde a mulher passava a noite.

“No dia do crime, a vítima foi vista por testemunhas e familiares saindo de moto com Sebastião para o tal forró, não sendo mais vista. Horas depois seu corpo foi encontrado na zona rural, em uma estrada de acesso à casa do suspeito, com ferimentos em diversos locais, sobretudo na cabeça. Próximo da vítima encontraram um capacete que teria sido usado para agredi-la”, contou o Delegado.

Sebastião, que já tinha antecedentes criminais por outro homicídio, foi indiciado pelo feminicídio de Vilma. O suspeito foi encaminhado ao Sistema Prisional.

Foco no feminicídio
Durante coletiva de imprensa, o Chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rogério de Melo Franco, contou que, na manhã dessa quarta-feira (7), foi realizada uma reunião com os delegados da unidade policial para discutir assuntos de trabalho. Uma das pautas do encontro foi a proteção da mulher no que tange a investigação em casos de feminicídio. “São crimes covardes e esses homicidas devem ter a certeza de que a Polícia estará no seu encalço. Eles não podem ter paz e sossego. Eles precisam saber que a polícia estará atrás deles”, ressaltou o Delegado.

O Chefe do DHPP ainda apresentou os números de feminicídio registrados pelo Departamento em 2017. Foram 13 homicídios qualificados pelo feminicídio, sendo que 80% já foram apurados. O Chefe do DHPP orienta que, ao primeiro sinal de violência, a mulher deve procurar a Polícia para o evitar o agravamento da situação.

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