No dia 17 de março, a vítima foi conduzida por funcionários do estabelecimento à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Poços de Caldas. Segundo o laudo da necropsia realizada, Álvaro apresentava sinais de violência física que o levou à morte. A PCMG iniciou as investigações que revelaram a dinâmica dos fatos.
Álvaro estava internado há aproximadamente seis meses em uma clínica para tratamento de dependência de álcool e havia se desligado do respectivo local uma semana antes do crime, no dia 11 de março. Porém, dias depois, na sexta-feira (16), ele teve uma recaída e saiu de sua casa à noite, retornando pela manhã do sábado com sinais de embriaguez.
Preocupados com a situação, os familiares da vítima acionaram o apoio do proprietário da clínica, Wellington, que em companhia de outros dos monitores Fábio Cristiano Cardoso, conhecido como “Pitbull”, e Pedro Henrique Grimaldi, levou Álvaro de forma compulsória à comunidade terapêutica.
Pouco tempo depois, a família recebeu uma ligação do proprietário do estabelecimento avisando que a vítima não estava bem e seria encaminhada à UPA. Durante a investigação, apurou-se que Álvaro, ao chegar à clínica, teria sido espancado e dopado. As investigações ainda revelaram que frequentemente os internos eram espancados e dopados como medida de castigo.
Durante a operação, foi cumprido mandado de prisão temporária em desfavor de Wellington em sua própria residência. Já o de Alex, foi cumprido na clínica. Nos dois locais, vários documentos foram apreendidos. Pedro e Fábio continuam sendo procurados pela Polícia.
A operação policial contou também com a participação de membros da Secretaria de Promoção Social e da Vigilância Sanitária, que subsidiaram a viabilização da interdição desse suposto estabelecimento terapêutico.