A Bienal de Arte Digital, evento realizado e idealizado pelo FAD, conta com uma programação que inclui a realização de simpósios, performances, oficinas e exposições de obras de 20 artistas, originários de diversos países, promovendo a discussão a respeito dos desafios e impactos das “linguagens híbridas” no mundo contemporâneo por meio da combinação de criações artísticas e experimentais que exploram da tecnologia para desenvolver seus conceitos, pensamentos e reflexão sobre a sociedade na contemporaneidade. Criada e estruturada com a finalidade de integrar uma agenda nacional com o objetivo de resgatar e valorizar a arte em um contexto mais profundo na atualidade, a Bienal de Arte Digital chega a BH depois de uma bem-sucedida passagem pelo Rio de Janeiro, onde ocupou a sede do Centro Cultural Oi Futuro durante os meses de fevereiro e março. Agora chegou a vez de Belo Horizonte, cidade onde nasceu o FAD, receber a programação da 1a Bienal de Arte Digital, a partir de hoje, 26 de março, e segue até 29 de abril.
A programação da Bienal prevê atividades variadas em diferentes espaços culturais da capital, como a realização de um simpósio na Casa do Baile, no Conjunto Moderno da Pampulha, nos dias 27, 28 e 29 de março, promovendo a compreensão dos efeitos que os meios digitais produzem no mundo contemporâneo, abordando a vivencia da era digital não só como aparato, mas como cultura intrínseca ao cotidiano humano e as respectivas relações sociais. No dia 27, a Casa do Baile receberá às 10h, a professora e pesquisadora Lucia Santaella, um dos principais nomes na pesquisa e estudo de Semiótica no Brasil, com inúmeros livros publicados no Brasil, para participar da abertura, enquanto no dia 29, o evento contará com a presença de Giselle Beiguelman, artista brasileira que é considerada uma das maiores referências na área de arte digital e responsável por inúmeros trabalhos premiados em todo o mundo.
As exposições da Bienal também ocuparão diferentes espaços artísticos da capital, como por exemplo, a mostra intitulada “Linguagens Hibridas” que se inicia na noite de abertura do dia 26 às 20h, no MAP. No Jardim do MAP, estará à obra “Manifesto Contra a Gravidade”, do brasileiro Jack Holmer, uma instalação performática que interage com o observador para criar situações sensíveis subjulgando a força da gravidade e emparelhando características da virtualidade digital com as propriedades matéricas do off-line. O Salão do 1º Piso sediará quatro obras de países diferentes, sendo elas a versão documenta de “Caravel”, do brasileiro Ivan Henriques, “Bombyx Chrysopei” do estadunidense Joe Davis, “Bloques Erráticos” do chileno Daniel Cruz e “Langpath” do espanhol Solimán Lopez. Já o Mezanino do 2º piso do MAP receberá “Attention Seeker”, da inglesa Georgie Grace, “Sense of Place” dos italianos Antonella Mignone e Cristiano Panepuccia, “Black Moves”, da chinesa Carla Chan, e alguns trabalhos brasileiros como “Pontos Terminais Emaranhados”, de Ruy César Campos, “Improviso Ambulante”, de Leandro Aragão, “Jequi Trap” de Aline Xavier e “Odiolândia” deGiselle Beiguelman, artista brasileira que é considerada uma das maiores referências na área de arte digital e responsável por inúmeros trabalhos premiados em todo o
A Casa FIAT de Cultura e a Casa do Baile também receberão exposições em suas instalações a partir de 28 e 29 de março, respectivamente, às 19h30, contando com uma seleção de obras e criações dos artistas selecionados. A Casa Fiat de Cultura, considerada um dos mais importantes espaços para discussão e exposição das artes no Brasil e por destacar-se pelo alto valor histórico, artístico e educativo de sua programação receberá, na Galeria do Hall, “Antarabava”, uma videoinstalação da artista mineira Ana Moravi que evoca o estado de transitoriedade das imagens e das experiências humanas por meio dos gestos, trabalhando reflexões sobre a transcendência corporal, o silêncio e a libertação pela escuta. Já a Piccola Galeria receberá a obra “Faces”, do americano Mark Klink, que explora a interação da expressão fácil como uma linguagem que aponta ao público a estranha experiência que está no cerne de encarar o rosto do outro ou de contemplar o próprio. A abertura da exposição na Casa Fiat de Cultura, no dia 28 de março, contará, também, com uma conversa entre alguns dos curadores da Bienal, Pablo Gobira e Marina Gazire, às 19h30, com mediação do professor, pesquisador e artista, Andre Mintz. Pablo Gobira é professor doutor de pós-graduação em Artes na Escola Guignard e Marina Gazire é professora de Comunicação no Centro Universitário Una e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, tendo se dedicado às pesquisas sobre arte e feminismo. A exposição na Casa Fiat fica em exibição até 29 de abril.
Dando sequência a programação de exposições da Bienal, a Casa do Baile receberá uma performance de abertura promovida pelo Coletivo Barragem que também participa da exposição com a sua obra “Barragem”, um convite a questionar e a refletir a respeito do desgaste dos recursos naturais e da relação humana com o ambiente, que estará disponível para apreciação enquanto obra após a performance. Ainda, o brasileiro Rodrigo Ramos apresenta “Espelho Sonoro”, uma obra que utiliza de uma releitura artístico-tecnológica de um localizador sonoro-acústico utilizado durante a Primeira Guerra Mundial que propõe um mapeamento sonoro e streaming com a intenção de proporcionar uma experiência imersiva nas paisagens sonoras da cidade.
Concluindo a programação de exposições, o espaço de inovação e tecnologia Atmosphera, localizado na Alameda do Ingá, no Vale do Sereno em Nova Lima, promoverá em seu recém-inaugurado painel de LED a exibição de uma seleção de trabalhos do americano Mark Klink, sendo elas as obras “Abstracts”, “Danse”, “Housewife”, “Robot Stories” e “Torso. O painel de LED tem uma programação de visitas guiadas previstas às quintas-feiras, sempre de 20h às 21hrs ao longo do mês de abril.
Abrindo a temporada de atividades educativas, o MAP recebe nos dias 2 e 3 de abril, das 14h às 18h, a oficina Alquimia Digital, ministrada pelo artista, professor e doutor em Artes e Tecnologias, Marcos André Penna Coutinho. A ação é voltada para o público jovem/adulto e procura demonstrar a partir de simbolismos e da provocação dos sentidos como a arte e a matéria se transformam na Alquimia Clássica e na Alquimia Digital. Seguindo a programação, no dia 4 de abril, das 14h às 18h, será a vez da oficina Laboratório Ciborgue. A proposta é permitir aos participantes o contato e a manipulação de controladores e sensores de máquinas por meio de uma espécie de playground, explorando imagens de ciborgues da ficção científica em contraste com ciborgues não ficcionais contemporâneos. Tudo isso para mostrar de forma prática como o corpo biológico é transcodificado em corpo digital. A oficina será ministra pela Doutora em Comunicação, Retórica e Mídias Digitais, Fernanda Duarte e pelo Doutorando em Artes da Escola de Belas Artes/UFMG, Virgilio Vasconcelos, pesquisador em Poéticas Tecnológicas.
A oficina Escrita Não-Criativa, contará com duas turmas, nos dias 5 e 6 de abril respectivamente. Ministrada por Flávia Péret, Mestre em Estudos Literários e doutoranda em Educação na UFMG, com uma pesquisa sobre escrita e formas de resistência, o encontro promoverá um debate a respeito do conceito da escrita não-criativa, confrontadora em sua essência, além de exercícios que instigam os participantes no desenvolvimento do pensamento e a transformação de conceito em prática.
Encerrando a programação de oficinas, o encontro Pensamento Computacional, no dia 21 de abril, receberá duas turmas formadas por pessoas com idades entre 8 e 14 anos, onde o público será introduzido, de forma lúdica, aos conceitos e ao pensamento lógico do universo da programação. As atividades requerem apenas lápis e papel para serem desenvolvidas, abordando conceitos que trabalham com algoritmos, loops, repetições e vários outros elementos relativos ao tema. A última oficina será ministrada por Sandro Miccoli, um tecnólogo criativo que cria instalações interativas e experiências imersivas utilizando de novas tecnologias, além de atuar como supervisor de tecnologia criativa na Escola Maple Bear e de ter participado de festivais em diversos países.
A Bienal será encerrada com a realização do Seminário de Arte Digital – SAD, nos dias 25, 26 e 27 de abril no Espaço de Inovação Atmosphera, no Vale do Sereno em Nova Lima, um evento, também encabeçado pela equipe do FAD e pelo Laboratório de Poéticas fronteiriças da UEMG, que existe independentemente da Bienal, mas que dialoga com os temas desta edição e promoverá um encontro mais acadêmico de discussões a respeito do atual cenário das artes digitais no Brasil, suas implicações, desafios e perspectivas para o futuro.
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