A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu nesta segunda feira (19) Vilmar Rodrigues Soares, 36 anos, suspeito de ter assassinado, no povoado de Estreito de Miralta, a própria companheira, Rejane Borges da Silva, 34 anos, com quem possuía união estável há 15 anos.
No dia 13 de janeiro de 2018, a vítima deu entrada no hospital Universitário em Montes Claros com lesões na região abdominal, porem se recusou a ficar internada para realizar o tratamento, assinando um termo de responsabilidade no hospital. Na sexta-feira (16), em razão do agravamento do seu estado de saúde, a vítima retornou ao mesmo hospital, porém veio a óbito naquela data.
Após a morte da mulher, o autor procurou um posto policial para registrar Boletim de Ocorrência, alegando que a mesma havia sofrido um acidente de motocicleta, sendo esta a causa das lesões que a levaram a procurar atendimento médico.
A Delegacia Especial de Atendimento a Mulher recebeu a denúncia de que no dia 12 de janeiro foram ouvidos gritos na residência do casal, levantando-se fortes suspeitas de que o verdadeiro motivo da morte de Rejane teriam sido agressões causadas pelo companheiro.
Após a realização de diversas diligências investigativas e da representação pela prisão do investigado, a Polícia Civil realizou a prisão preventiva do suspeito, na estrada que dava acesso a sua residência. Na ocasião, Vilmar confessou que teria se desentendido com a vítima, causando-lhe agressões na região do abdômen, o que a teria levado a procurar atendimento hospitalar.
As investigações apontam que as agressões já aconteciam há muito tempo, mas não foram denunciadas pela vítima devido ao medo que ela sentia do investigado. Suspeita-se também que a vítima teria sido induzida, por Vilmar, a assinar o termo de responsabilidade para não permanecer internada no Hospital.
A PCMG ainda investiga se o suspeito teria intenção de requerer o seguro DPVAT em razão da morte da companheira, já que existem evidências de que o registro do Boletim de Ocorrência posterior ao óbito poderia ter, também, esta finalidade. Vilmar Rodrigues Soares deverá ser indiciado por Feminicídio e falsidade ideológica e, se condenado, as penas somadas poderão atingir até 35 anos de reclusão.
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