Investigado por estelionato, “Grego” acabou sendo preso em flagrante delito por porte ilegal de munição e resistência. Em seu poder foram apreendidas munições calibres 38 e 9 mm, diversos documentos de terceiros, cartões/extratos bancários, notas fiscais, recibos e faturas, além de uma camisa com logomarca da PCMG, aparelhos celulares, máquina fotográfica e cerca de mil reais em dinheiro.
As investigações apontam para o fato de que o suspeito oferecia um curso preparatório para suposta admissão em cargos estaduais em unidades prisionais sem concurso público. Como forma de atrair as vítimas, o suspeito citava nomes de Delegados de Polícia, visando passar maior credibilidade ao projeto fraudulento. Entre os nomes utilizados, estão os dos Delegados Wagner Pinto de Souza, Chefe do Denarc, e Christiano Xavier, Delegado Regional de Contagem.
Segundo o Delegado Windsor de Mattos Pereira, Chefe de Divisão e responsável pela 4ª Delegacia Especializada do Denarc, “a presente investigação demonstrou que o suspeito usava indumentárias com logomarca da PCMG, alegando para suas vítimas que trabalhava na Delegacia de Ribeirão das Neves”.
De acordo com o Chefe do Denarc, Delegado Wagner Pinto de Souza, o valor da inscrição para o curso preparatório variava de R$670 a R$1.500, conforme o caso. Se o interessado estivesse com o nome negativado ou apresentasse registro policial, o valor era maior. “O valor da taxa era depositado em contas de terceiros, inexistindo o pagamento por meio de guia de arrecadação do Estado”, complementa o Delegado. Ele explicou, ainda, que a pessoa interessada tinha que ter curso superior, e em razão dessa escolaridade, o investigado afirmava que a contratação ocorreria sem realização de concurso público.” Além de criar escalas de serviço e horários de aulas fictícios para seduzir e enganar as vítimas, o suspeito chegou a catalogar as pessoas por unidade prisional.
Segundo apurado, o suspeito agia desde setembro de 2017, sendo que quarenta vítimas já se apresentaram no Denarc e outras 15 em Contagem. Ao todo, 85 vítimas foram identificadas pela Polícia Civil, e o prejuízo se aproxima ao valor de R$80 mil”.
O Delegado Wagner Pinto afirmou que as investigações seguem seu curso para identificação de outros envolvidos.
“Greco” já foi preso por falsidade ideológica, violência doméstica e porte ilegal de arma de fogo.