Em virtude da conclusão das investigações originadas da Operação Apollo 13, desencadeada em julho deste ano pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e de nova representação do Delegado de Polícia responsável, sete vereadores foram afastados no último dia 19 das funções da Câmara Municipal de Santa Bárbara, além de ser expedido um novo mandado de prisão, nessa oportunidade contra o vereador Geraldo Magela Ferreira.
Como já havia cinco vereadores afastados, três destes presos, agora são 12 os vereadores afastados. Estão nessa situação dez dos 11 vereadores titulares, além de dois suplentes. Três vereadores dessa legislatura já haviam sido presos, inclusive o presidente do órgão, sendo, atualmente, quatro os parlamentares detidos em virtude de prisão preventiva. Além deles, dois ex-presidentes da Câmara Municipal também estão presos, além de ex-servidores e empresários.
Segundo o Delegado que comandou as investigações, Domiciano Monteiro, somente com esses contratos de aluguéis de veículos foi desviado mais de meio milhão de reais da Câmara Municipal. As apurações também demonstraram que os vereadores vinham recebendo, ao longo de anos, verbas de diárias, prestando falsas informações de viagens, em valores que superam centenas de milhares de reais. Outras investigações desmembradas, concluídas entre agosto e novembro, também indicaram vários outros crimes, como desvio de R$176.485,50 através do cinema do município, fraudes em licitações, dentre outros delitos. Ao todo, já ocorreram mais de cem indiciamentos nos seis Inquéritos Policiais, que foram concluídos referentes a crimes praticados na Câmara Municipal de Santa Bárbara.
Operação Apollo 13
Esse nome faz referência à frustrada missão espacial de comparecimento à lua, visto que laudos periciais no Inquérito demonstraram que os contratos de aluguéis de veículos para a Câmara Municipal eram suficientes para percorrer distância superior à distância da Terra à Lua.