Integrante do Porta dos Fundos, Luis Lobianco chega ao CCBB BH com
o drama “Gisberta”, monólogo baseado em fatos reais
*Jornalista Responsável
*Por Dentro de Minas (DM)
*Felipe de Jesus
*Siga o Instagram: @felipe_jesusjornalista_
*Com Assessoria de Imprensa
*Foto: Elisa Mendes
[dropcap size=big]C[/dropcap]om patrocínio do Banco do Brasil e realização do Centro Cultural Banco do Brasil, o espetáculo “Gisberta” chega ao CCBBBH, com estreia no dia 05 de janeiro, ficando em cartaz até o dia 05 de fevereiro, sempre de sexta a segunda, às 20h, no Teatro I. Idealizada por Luis Lobianco, com direção de produção de Claudia Marques, texto de Rafael Souza-Ribeiro e direção de Renato Carrera, a obra mistura política, história, música, teatro, poesia e ficção para falar de Gisberta, brasileira vítima da transfobia que teve morte trágica em 2006 no Porto, em Portugal, após ser torturada por um grupo de 14 menores de idade. Gisberta atravessou o oceano para buscar um território livre, mas morreu no fundo do poço, afogada em ódio e água.
Na ocasião o caso ganhou destaque nas discussões sobre a transfobia em Portugal e Gisberta se tornou ícone na luta pela conscientização para uma erradicação dos crimes de ódio contra gays, lésbicas e transexuais. Em 2016, dez anos após a sua morte, Gisberta foi amplamente lembrada em Portugal por meio de inúmeras reportagens. “Já o Brasil, na contramão, é um dos países que mais comete crimes de transfobia e homofobia, números que não param de crescer junto com uma onda conservadora de intolerância com as diferenças. Se não conseguimos mudar as leis que não nos protegem, que a justiça seja feita no teatro, com música e luzes de Cabaré. Que venham as identidades de humor, gênero, drama, música, tragédia e redenção. O caso de Gisberta não é conhecido por aqui e decidi que Gisberta vai reviver a partir da arte e será amada pelo público.” – comenta Lobianco.
Caçula de uma família com oito filhos, ainda na infância Gisberta dava sinais de que estava num corpo que não correspondia à sua identidade. Após a morte do pai, deixou os cabelos crescerem definitivamente. Em 1979, aos 18 anos, quando suas amigas morriam assassinadas, na capital paulista, com medo de ser a próxima vítima, deixou o Brasil rumo a Paris. Mais tarde, já depois
de realizar tratamento hormonal e fazer implante de silicone nos seios, mudou-se para o Porto, no Norte de Portugal. Rapidamente enturmou-se na cena gay local. Fazia apresentações em bares e boates. Sem muito jeito com qualquer tipo de liberdade viveu tudo o que nunca experimentou de forma voraz: cantou de Vanusa a Marilyn, bebeu, fumou, cheirou, amou e adoeceu no cabaré. Costumava escrever cartas e mandar fotos para família como forma de garantir que estava segura. Um dia os seus dois cães fugiram de casa e foram atropelados na sua frente. Gis definhou de depressão e Aids. Perdeu os cabelos conquistados, passou a vestir trapos sem gênero e foi morar na rua. Num prédio abandonado foi encontrada, no final de 2005, por um grupo de três meninos mantidos pela Oficina de São José, uma instituição religiosa da vizinhança. No início as crianças ofereceram comida e agasalho, mas a lógica do grupo se converteu em um ódio súbito e inexplicável quando outros 11 meninos se juntaram ao grupo inicial. A partir de 15 de fevereiro de 2006, Gisberta sofreu vários dias de tortura e finalmente, acreditando que ela estava morta, foi jogada ainda com vida dentro de um poço cheio de água. Conclusão do processo: morte por afogamento. Gis, como ela gostava de ser chamada, já vivia sufocada, sua morte foi síntese da sua vida – culpa do ódio e não da água.
“O mundo passa por uma grande crise de identidade: o que somos essencialmente e onde podemos viver o que somos? Refugiados podem ser inteiros fora de seus territórios sem inspirarem ameaça? Há liberdade para identidade de gênero mesmo que se tenha nascido em um corpo de outro sexo? Gays podem se amar sem exposição à violência? A reação para o rompimento com padrões sociais é uma explosão de violência cotidiana sem precedentes. Quanto mais ódio, mais a afirmação da identidade se impõe. No ar a sensação de um grande embate mundial iminente – não tem mais como se esconder no armário. Ser livre ou servir à intolerância: eis a questão.” – conclui Lobianco. Para contar a história de Gisberta, que é praticamente desconhecida no Brasil e que é também a história de tantas outras vítimas da transfobia, Luis Lobianco interpreta vários personagens com texto concebido a partir de relatos obtidos em contatos pessoais com a família de Gis, do processo judicial e de visitas aos locais da tragédia. Em cena, três músicos acompanham o ator.
Uma breve apresentação de Luis Lobianco
Nascido no Rio de Janeiro, Luis Lobianco faz teatro desde 1994. Em 2012, se formou na CAL e foi dirigido por nomes, como: Aderbal Freire-Filho, Moacyr Chaves, Marcelo Saback e Ruy Faria; atuando em mais de 30 montagens teatrais até hoje. Também foi criador dos espetáculos do Buraco da Lacraia, Rival Rebolado e Portátil, todos em cartaz atualmente. Na TV, está no ar com o “Vai Que Cola” no Multishow e se prepara para a estreia da série infantil “Os Valentins”, do canal Gloob, onde interpreta o vilão Randolfo, ao lado de Claudia Abreu e Guilherme Weber. Lobianco também é ator fixo do canal Porta dos Fundos desde sua criação, há quatro anos. No cinema já esteve em dez produções entre 2012 e 2017. Lobianco foi indicado ao prêmio F5 da Folha de São Paulo por seu trabalho para TV, como o protagonista de “O Grande Gonzalez”, coprodução da FOX com o Porta dos Fundos. Esse ano está no papel principal na série Valentins no canal Gloob e em 2018 fará seu primeiro protagonista no longa-metragem
“Carlinhos e Carlão”, de Pedro Amorim.
Ficha técnica
Patrocínio: Banco do Brasil / Atuação: Luis Lobianco / Texto: Rafael Souza-Ribeiro / Direção: Renato Carrera / Direção de Produção: Claudia Marques / Músicos em Cena: Lúcio Zandonadi (piano e voz), Danielly Sousa (flauta e voz), Rafael Bezerra (clarineta e voz) / Pesquisa Dramatúrgica: Luis Lobianco, Renato Carrera e Rafael Souza-Ribeiro / Investigação: Luis Lobianco e Rafael Souza-Ribeiro / Trilha Sonora e músicas compostas: Lúcio Zandonati /
Iluminação: Renato Machado / Cenário: Mina Quental / Figurino: Gilda Midani / Preparação Vocal: Simone Mazzer / Direção de Movimento: Marcia Rubin / Programação Visual: Daniel de Jesus / Produção Executiva: Renato Mascarenhas / Fotos de divulgação: Elisa Mendes e Aline Macedo / Produção: Fabrica de Eventos / Idealização: Luis Lobianco / Produção Local: Rubim Produções
Aqui, o link para imagens em vídeo: https://vimeo.com/209615349
SERVIÇO:
“Gisberta”, com Luis Lobianco
Duração: 70 minutos/ Gênero: Drama / Classificação: 14 anos
Datas e horários: de 05 de janeiro a 05 de fevereiro de 2018, de sexta a segunda, às 20h
Local: Teatro I – CCBB BH – Praça da Liberdade, 450 – Funcionários – Belo Horizonte (MG) – Capacidade: 264 lugares
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia entrada)
Clientes Banco do Brasil pagam meia-entrada
Venda de ingressos: bilheteria do teatro / ou www.eventim.com.br
Mais informações: (31) 3431-9400 I (31) 3431-9503
Ouvidoria BB 0800 729 5678
Deficiente auditivo ou de fala 0800 729 0088
Obs: O CCBB BH não tem estacionamento.
Redes sociais CCBB:(twitter)/@ccbb_bh . (facebook)/ccbb.bh . Site: bb.com.br/cultura
Assessoria de imprensa “Gisberta”: Luz Comunicação
Jozane Faleiro – (31) 992046367 / (31) 35676714 – jozane@luzcomunicacao.com.br
Atendimento: Leticia Bessa: (31) 997932491 – [email protected]
Assessoria de imprensa CCBB BH: Bárbara Campos Guimarães – (31) 3431-9412 – [email protected]/[email protected]
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