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Belo Horizonte tem queda de 15,3% no número de roubos

Os dados de roubos em Belo Horizonte alcançaram queda de 15,9% na comparação janeiro a outubro de 2017 com o mesmo período de 2016. O percentual é o maior dos últimos seis anos e significa 6.197 registros a menos de crimes no período. De janeiro a outubro de 2016 foram 38.899 registros contra 32.702 em 2017.

A diminuição no estado chegou a 11,9%. Em números absolutos, Minas registrou 95.679 ocorrências desse tipo de crime no período neste ano e, em 2016, foram 108.654. Na Região Metropolitana o saldo também é positivo: redução de 10,8%. Foram menos 2.933 ocorrências de roubo registradas nos dez meses comparados.

Os dados de roubo na capital são os primeiros divulgados após a implantação das 86 Bases Móveis da Polícia Militar em todas as regiões da cidade. A atuação setorizada da polícia e o patrulhamento ostensivo contribuíram para a queda dos índices em BH, apontam técnicos da segurança do Estado, além de proporcionar ao cidadão uma maior sensação de segurança nas ruas. Na capital, quando comparados os dados mensais de ocorrências de roubo de janeiro a outubro do último biênio houve queda em todos os meses analisados.

Importante indicador da violência, os homicídios também diminuíram no estado e em Belo Horizonte. Na capital, a redução foi de 13,9%, com os registros caindo de 489 para 421 na comparação janeiro a outubro de 2017 com 2016. Já no estado, a redução foi de 6,7% (3.340 para 3.114).

Dados do Observatório de Segurança Pública Cidadã, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) mostram ainda que em 85,9% dos municípios mineiros, ou seja em 733 dos 853, o número de vítimas deste tipo de crime reduziu ou se manteve, ou até mesmo não houve registros deste tipo de ocorrência.

Os dados de todos os municípios mineiros estão disponíveis na página da Sesp (www.seds.mg.gov.br), por meio dos links: Integração > Estatísticas > Estatísticas Criminais.

O secretário de Estado de Segurança Pública, Sérgio Barboza Menezes, avalia que três vertentes têm assegurado a queda nos índices de criminalidade: apoio incondicional do Governo ao Sistema de Defesa Social, integração das forças de segurança e gestão operacional convergente.

“Os resultados no semestre retratam o trabalho de integração das forças de segurança. Incrementamos o número de homens e mulheres nas ruas, o quantitativo de viaturas das duas polícias e estamos fazendo gestão focada em prevenção à criminalidade e integração”, destaca o secretário.

Crimes violentos

Dos nove crimes violentos monitorados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública o que apresentou maior diminuição, em termos percentuais, no período analisado em Minas Gerais foi extorsão mediante sequestro. A redução foi de 29,3%, passando de 75 para 53 ocorrências em todo o estado. Na capital o crime violento com maior queda foi o estupro tentado, que teve uma redução de 35%. De janeiro a outubro de 2016 BH registrou 57 crimes desta natureza enquanto no mesmo período deste ano foram 37.

Para o comandante geral da Polícia Militar, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, a manutenção da criminalidade em queda é resultado do esforço que toda a tropa da Polícia Militar vem desempenhando e do trabalho articulado entre os órgãos de segurança estaduais. “Estamos cumprindo as estratégias de atuação operacional que propusemos para conter a criminalidade no estado e outras novas serão implementadas”.

Patrulhas da madrugada

O comandante adiantou que, já no início de 2018 começarão as “Patrulhas da Madrugada”, que contarão com um grupo de policiais militares tecnicamente treinados e fortemente armados para atuar em pontos estratégicos das rodovias mineiras sob a responsabilidade da Polícia Militar. “A medida é fruto de uma reestruturação administrativa da corporação e terá como objetivo principal fazer o enfrentamento aos crimes de explosões a caixas eletrônicos”, diz o coronel.

Já o superintendente de Investigação e Polícia Judiciária da Polícia Civil, delegado geral Márcio Lobato, ressalta que a instituição está intensificando suas ações. “Com coordenação de informações e trabalho com técnicas investigativas avançadas de inteligência temos contribuído para coibir os crimes de roubo”, afirma.

O estupro consumado e o estupro de vulnerável tentado e consumado ainda apresentam aumento dos índices, como mostram os dados no site da secretaria. Em Minas Gerais o estupro consumado teve crescimento de 1,37%: de 1.170 para 1.186 ocorrências (janeiro a outubro de 2016 e 2017).

Sobre essa questão, o superintendente da PC, Márcio Lobato avalia que as pessoas estão mais esclarecidas de seus direitos e, por isso, buscam mais as polícias para relatarem crimes como estupro de vulnerável tentado e consumado.

“Esses registros têm espectro amplo, por contemplar desde uma situação ocorrida com uma criança, pessoas com problemas psiquiátricos ou até alguém que tenha ingerido bebida alcóolica ou drogas, por vontade própria ou inadvertidamente”, diz Lobato. O superintendente, inclusive, reforça a necessidade da denúncia e do registro deste tipo de crime, salientando a importância do real conhecimento dos cenários da violência no estado.

+ Segurança

O aumento da segurança é resultado dos investimentos e priorização, nos últimos meses, das ações de segurança pública pelo Governo de Minas. O programa + Segurança, além do incremento de pessoal, também colocou à disposição das polícias Militar e Civil 1.817 viaturas, sendo 395 delas apenas em Belo Horizonte.

São mais de 2.800 novos policiais militares nas ruas nos últimos meses para atendimento ao cidadão, e mais mil novos investigadores da Polícia Civil em atuação. No último dia 4 de dezembro, o Governo de Minas Gerais autorizou a nomeação de 450 novos investigadores de Polícia, excedentes do último concurso. Em setembro deste ano, outros 106 profissionais, também excedentes, já tinham sido chamados. Eles participam de formação policial na Academia de Polícia Civil (Acadepol), com previsão de formatura em março de 2018.

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