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Mostra interativa e gratuita transforma arte em jogo no Centro Cultural Banco do Brasil

O Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte (CCBB-BH) recebe, a partir de 13/09, uma exposição inédita que convida o espectador a jogar com a arte. Em Tropikos, Anotações sobre o Entorno e a Pessoa; o artista belo-horizontino Chico Amaral, com obra permanente no acervo do MAM-SP, retorna à cidade natal trazendo uma exposição em que o assunto central é o jogo.

Produzida pela Sapoti Projetos Culturais e com curadoria de Ana Avelar, a mostra transformará as galerias do térreo do CCBB-BH em uma sala de estar, misturando móveis, miniaturas, jogos, áudios e projeções. As obras são instalações montadas sobre mesas de jantar, mesas de centro, cadeiras e bancos. Para explorá-las, os participantes deverão se deslocar ao seu redor, sentar-se sobre elas, contorcer-se para ouvir áudios ou para observar detalhes mais escondidos.

Com isso, o artista, que faz sua primeira exposição individual depois de longa temporada no exterior, busca jogar com aquilo que se oculta na paisagem e dentro de cada um.

Público pode mergulhar nas obras

Com uma produção marcada pela criação de obras interativas, Chico não faz por menos nesta exposição. Uma das obras apresentadas é um conjunto de liga-pontos impresso em papel no formato A4. Quando o público entra no jogo, essas gravuras abstratas formadas por pontos coloridos numerados revelam frases, notas sobre o entorno e a pessoa, título da obra. A regra é simples: basta ligar os pontos seguindo a numeração.

Já a obra Murmúrio coloca o público dentro de paisagens registradas pelo artista em suas viagens pelo mundo. Uma série de imagens é projetada sobre pequenos alto-falantes que emitem uma mensagem em um volume muito baixo, fazendo com que as pessoas se aproximem da projeção para ouvi-los. Seguindo o jogo, as pessoas se misturam com as obras.

Em O lugar das coisas, esse acolhimento é extremo: o público abraça uma mesa que sussurra uma canção, obra feita em colaboração com a cantora Patrícia Ahmaral, irmã do artista.

Jogando com a relação entre paisagem e identidade, o fio condutor da exposição é o conceito da palavra grega tropikos, que significa uma volta completa. Das nove obras expostas, sete foram produzidas a partir do reencontro do artista com o Brasil.  O berço é a tradução mais dura desse momento, com fotos de sem-teto abrigados sobre barracas de vidro dispostas em uma singela mesinha de centro.

 

O ARTISTA

Chico Amaral graduou-se como bacharel em pintura em 1995, pela Universidade de Brasília (UnB), mas logo abandonou a tela para trabalhar com instalações e objetos. Vem produzindo desde 1990 e participou em salões e mostras em momentos distintos. Em 1999 foi premiado com uma bolsa do Prêmio Brasília de Artes Visuais. Ganhou também um prêmio aquisição no Panorama de Arte Brasileira do MAM SP. Em 2011, foi um dos ganhadores do Prêmio Ibram de Arte Contemporânea, na categoria Artista Emergente, com a obra Retrato Falado. Chico temuma longa carreira em design editorial. Esta vivência em design transparece em seu trabalho pelo uso constante da palavra, da tipografia e por uma certa limpeza na composição das obras.

 

TROPIKOS, ANOTAÇÕES SOBRE O ENTORNO E A PESSOA

Abertura: quarta-feira, 13 de setembro

Período da exposição: até 6 de novembro de 2017.

Horário: quarta à segunda, das 9h às 21h. O CCBB não funciona para o público de terças.

Classificação indicativa: livre

Entrada: gratuita

 

Agendamento de visitas mediadas do Programa Educativo

De segunda à sexta-feira, das 11h às 18h; e aos finais de semana, às 17h

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