Investigação sobre morte de travesti termina com prisão de suspeito na RMBH

O desacerto sobre o pagamento de um programa sexual está sendo apontado pela Polícia Civil como a motivação para o assassinato de João Elustondo Neto, travesti de nome “Gaúcha”, de 30 anos. Em razão desse crime, foi cumprido mandado de prisão preventiva contra André Luis de Souza Machado, de 19.

O corpo da vítima, natural do Rio Grande do Sul, foi encontrado no dia 31 de dezembro do ano passado, às margens da BR 040, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com o delegado que coordenou o inquérito policial, Anderson Kopke, na manhã do fato, André seguiu com “Gaúcha” até um motel, mas, antes de ir embora, negou-se a pagar o valor de 150 reais acordado com a travesti.

Os dois discutiram e, para evitar mais transtornos, André entregou 50 reais à vítima afirmando que voltaria mais tarde com o restante do dinheiro. Conforme levantamentos, “Gaúcha” teria furtado um celular e o cartão de crédito do suspeito como forma de pagamento.

Cerca de duas horas depois, André retornou ao ponto onde teria encontrado com “Gaúcha”, na Via Expressa, sob o pretexto de realizar o restante do pagamento e fazer outro programa sexual. Sem desconfiar, a vítima entrou no carro do suspeito, onde foi morta com cinco disparos de arma de fogo. Após o crime, André deixou o corpo de “Gaúcha”, sem documentos, às margens da BR 040, no bairro Morada Nova. Durante declarações, o suspeito negou o crime, alegando que teria ido ao motel com a vítima apenas para consumir drogas.

O suspeito foi preso em flagrante no dia 25 de fevereiro deste ano por porte ilegal de arma de fogo em Betim. Na ocasião, as investigações sobre a morte de “Gaúcha” ainda estavam em andamento. No último dia 11 de julho, a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva do suspeito pelo homicídio qualificado da travesti.