A Polícia Federal em Belo Horizonte deflagrou Operação Policial denominada “Cullinan”, que culminou no indiciamento de 13 cidadãos estrangeiros, que integram Organização Criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína para a Europa.
Iniciada em fevereiro de 2016, a investigação identificou um grupo de estrangeiros que se estabeleceu em Belo Horizonte e Nova Lima/MG, alugando imóveis e constituindo empresa fictícia, para promover a exportação de blocos de granito para a Europa, nos quais a cocaína seria ocultada com alto grau de dissimulação. Ainda em 2016, foram registradas as movimentações do grupo, a montagem da estrutura logística para a exportação da droga, bem como os encontros com compradores e fornecedores. Em novembro daquele ano, foi identificada uma exportação feita pela Organização Criminosa, a partir dos portos de Vitória/ES e do Rio de Janeiro/RJ: sete blocos de granito, acondicionados em contêineres, cujo destino final era a Espanha, com entreposto na Antuérpia, Bélgica. Com o apoio da Polícia e da Aduana belgas, a carga foi vistoriada e foram apreendidos, no porto de Antuérpia, 1.020kg de cocaína, que estavam ocultados em dois dos blocos de granito exportados. Paralelamente, foi apurado que a ORCRIM havia transferido seus equipamentos e estrutura logística para a região metropolitana de Vitória/ES, deixando-os em um galpão alugado. Ato contínuo, todos os investigados deixaram o território nacional.
A pedido da PF, a Justiça Federal decretou as prisões preventivas dos investigados, autorizando, ainda, a difusão dos mandados de prisão por intermédio da INTERPOL.
No decorrer das investigações, várias diligências foram executadas, dentre elas a apreensão de equipamentos de perfuração e uma empilhadeira que foram abandonados pelos investigados no Espírito Santo. De igual modo, foi solicitado à Polícia Nacional da Colômbia (PNC) que, em procedimento de colaboração internacional, prestasse auxílio, localizando e prendendo os investigados que se encontrassem naquele país, para posterior extradição ao Brasil.

Foto: Divulgação/Polícia Federal
Em 28/04/2017, foi preso preventivamente em São Paulo/SP, pela Polícia Federal, o único dos investigados que se encontrava no Brasil. Em sua residência, foram apreendidos documentos, smartphones e mídias eletrônicas, um veículo automotor, além de 60 mil dólares americanos e 34 mil reais em espécie. O preso foi conduzido para Belo Horizonte/MG, onde permanece recolhido em estabelecimento penal à disposição da Justiça Federal. No mesmo dia, na Colômbia, a Polícia Nacional da Colômbia prendeu preventivamente três investigados que foram localizados naquele país. A PF solicitou à Justiça Federal que se formalize à República da Colômbia o pedido de extradição dos presos para o Brasil, para serem interrogados pela PF e permaneçam à disposição da Justiça.
Aos indiciados é imputada, em suma, a prática dos crimes de tráfico internacional de drogas e de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 30 anos de reclusão.
A Polícia Nacional da Colômbia e as polícias de outros países membros da INTERPOL mantêm investigação, com vistas à localização e prisões dos demais investigados.
Cullinan foi o nome dado ao maior diamante já encontrado; tendo sido associado às grandes somas de dinheiro que os investigados tencionavam auferir com o tráfico ilícito que praticavam.
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